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Jornalismo

No STJ, subprocuradora relativiza números da pandemia

Lindôra Araújo criticou manchetes de jornais e diz que país ocupa 47º lugar na pandemia

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Lindôra Araújo
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Durante sessão especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ), nesta 4ª feira (7.abr), a subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo criticou quem diz que o Brasil é atualmente o epicentro da pandemia. O comentário foi feito no momento em que os ministros do STJ lamentavam a morte do ex-ministro Paulo Medina. Ele foi vítima de complicações da covid-19 e faleceu no último sábado, em Belo-Horizonte (MG).

"Eu queria que além de tudo que a gente ficasse com pesar, mas que não colocasse o Brasil como o pior país do mundo. Nós estamos em 47º lugar e somos um país enorme com 200 milhões de habitantes que estão politizando a covid. A covid está no mundo inteiro e, quando se lê as manchetes, parece que o único país do mundo que tem covid é o Brasil", afirmou Lindôra. 

Segundo a subprocuradora, o 47º lugar do país é observado quando se compara os números absolutos e relativos -quando se leva em conta o número total da população. Segundo Lindora há "brigas políticas para ver quem morre e onde se morre mais". 

Lindôra Araujo é considerada uma defensora da ala mais conservadora da PGR em temas de costume, e apontada como próxima das posições políticas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ela ficou em evidência no ano passado depois de uma visita que fez à força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba. Na época, os procuradores a acusaram de querer acessar dados sigilosos da operação. Lindôra acumula atualmente a responsabilidade de liderar as investigações envolvendo casos da pandemia. 
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