Isolamento de apenas 10 dias é arriscado, aponta estudo da USP
Segundo a pesquisa, a cada 100 pessoas com casos leves ou moderados da covid-19, ao décimo dia, ainda transmitem o novo coronavírus
Reprodução/SBT
Gudryan Neufert
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Pesquisa conduzida pelo Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (USP) sugere que pode ser arriscado reduzir de 14 para 10 dias o tempo de quarentena, como recomendam o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos e o Ministério da Saúde.
No guia de Vigilância Epidemiológica, elaborado em agosto, o ministério afirma que para indivíduos com quadro de síndrome gripal, o isolamento pode ser suspenso após 10 dias dos sinais, de que o paciente esteja há mais de 24 horas sem sintomas, como febre.
Para a biomédica que fez parte do estudo, Clara Félix, é preciso atualizar a orientação.
"Existe uma pressão econômica de as pessoas voltarem ao trabalho, mas não acho que foi isso que ditou, acho que é o que tinha disponível na época. Então os estudos que tinham disponíveis eram poucos. Acho que foi uma decisão um pouquinho precipitada".
Os pesquisadores recolheram 29 amostras de pacientes no décimo dia de infecção. No estudo, 25% ainda eram capazes de transmitir a doença. Ou seja, 25 em cada 100 pessoas com casos leves ou moderados da covid-19, ao décimo dia, ainda transmitem o novo coronavírus.
