"Vamos continuar a monitorar descobertas como essa, mas não há evidência de que o alimento ou a cadeia de alimentos esteja participando na transmissão desse vírus", afirmou o diretor-executivo da entidade, Michael Ryan, nesta quinta-feira (13).
O diretor ainda afirmou que a possibilidade será levada em consideração, mas que a população deve continuar vivendo de acordo com o que já se sabe."Não devemos criar a impressão de que há problema com nossa cadeia alimentar", disse. "As pessoas já estão assustadas o suficiente. É importante que rastreemos esses achados, mas é importante que as pessoas sigam suas vidas", afirmou Ryan.
A líder técnica da OMS, Maria van Kerkhove, explicou que o alimento foi examinado por rotina e o foco deveria estar na embalagem do produto. "O que entendemos é que a China está testando as embalagens, estão procurando o coronavírus nas embalagens", comentou. "Sabemos que o vírus pode ficar nas superfícies por um tempo, mas ele é inativado se lavamos a mão depois de tocarmos a superfície contaminada", esclareceu.
Entenda o caso
O governo da China divulgou nota oficial informando que o coronavírus foi detectado em asas de frango congeladas em Shenzhen.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) chinês identificou o lote e todos os produtos foram lacrados. Ainda foram rastreados os pacotes que já haviam sido comercializados. Todos que tiveram contato com o alimento passaram pelo exame e testaram negativo para a Covid-19.
Até o momento, o MAPA não foi notificado oficialmente pelas autoridades chinesas sobre a ocorrência. Em nota, o órgão reiterou que não há comprovação científica da transmissão do vírus através da carne ou de embalagem de alimentos congelados.
