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Jornalismo

Escola que foi palco de massacre em Suzano passará por reforma de R$ 2,7 mi

As obras começam na próxima segunda-feira (28) e têm previsão de término em março do ano que vem. Alunos serão transferidos para uma faculdade próxima

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Escola que foi palco de massacre em Suzano passará por reforma de R$ 2,7 mi
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Um dia que não sairá da cabeça de alunos, professores e familiares. Sete meses que a escola Raul Brasil, em Suzano, na região metropolitana de São Paulo, foi notícia em todo o Brasil. 226 dias que estudantes e funcionários do colégio e o tio de um dos atiradores perderam a vida de forma precoce.

O tempo passou, mas as marcas e as lembranças dos momentos de terror não saem da cabeça de quem esteve no colégio naquele 13 de março.

Agora, a escola passará por uma revitalização, ideia que foi recebida pelas famílias dos estudantes. Durante as obras, será preciso deslocar os cerca de 2300 matriculados. São crianças e adolescentes, desde o sexto ano do ensino fundamental até a terceira série do ensino médio - além do centro de línguas.

Os alunos serão realocados para uma faculdade próxima, a aproximadamente um quilômetro da escola. Eles vão ficar no novo prédio até março do ano que vem. E o ano letivo deve seguir normalmente.

O aluguel do local provisório, no valor de 44 mil reais mensais, será pago pelo governo. O projeto, que inclui a construção de diversas áreas, tem custo aproximado de R$ 2,7 milhões. Esse valor será pago por empresas parceiras, por meio do Instituto Ecofuturo.

Além das mudanças físicas, a escola deve seguir um plano de melhoria de convivência, que prevê um diagnóstico do clima escolar, para mediar conflitos, dialogar, por exemplo, sobre casos de bullying e suicídio e prevenir novas tragédias.

O DIA DE TERROR

Na manhã de 13 de março, dois rapazes de 17 e 25 anos invadiram a escola estadual Professor Raul Brasil, localizada em Suzano, na região metropolitana de São Paulo, e abriram fogo contra alunos e funcionários. Dez pessoas foram mortas e outras nove ficaram feridas.

Os assassinos Guilherme Tauci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, se suicidaram após a chegada da Força Tática ao local. Ambos foram identificados por testemunhas como ex-alunos da escola. 

No local, a polícia militar encontrou um revólver 38, uma besta (uma arma semelhante a um arco e flecha), coquetéis molotov e uma mala com fios.

Estudantes que presenciaram o ataque ainda alegaram que os criminosos possuíam uma faca e um machado pequeno.

Antes do ataque à escola, o atirador mais novo havia executado o próprio tio. Jorge Antônio Moraes era comerciante e proprietário de uma loja de automóveis, próxima ao local do atentado. 

Guilherme Taucci, que havia sido demitido da loja, executou o tio a tiros e roubou o veículo utilizado para chegar ao colérgio

AS VÍTIMAS

Caio Oliveira - aluno

Cleiton Antonio Ribeiro - aluno

Douglas Murilo Celestino - aluno

Eliana Regina de Oliveira Xavier - agente de organização escolar

Jorge Antonio de Moraes - comerciante, morto momentos antes do massacre

Kaio Lucas da Costa Limeira - aluno

Marilena Ferreira Vieira Umezo - coordenadora pedagógica

Samuel Melquíades Silva de Oliveira - aluno

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