Ex-policial militar acusado de matar torcedores em chacina é julgado
Caso aconteceu em 2015 no Pavilhão Nove e julgamento teve início nesta terça-feira (28) após ter sido adiado três vezes.
SBT News
O julgamento do ex-policial militar Rodney Dias dos Santos começou na manhã desta terça-feira (28), na zona oeste de São Paulo, depois de ter sido adiado três vezes. O júri é composto por quatro homens e três mulheres que decidirão se o réu é culpado ou inocente.
Rodney é acusado de planejar e executar uma chacina que deixou oito torcedores mortos, na sede da Pavilhão Nove, uma das torcidas organizadas do Corinthians. O crime aconteceu em abril de 2015, quando três homens fingindo ser policiais entraram na quadra, mandaram as pessoas se ajoelhar e atiraram nelas. Entre os mortos, estava o jovem Markinho, que foi atingido na cabeça enquanto pintava uma bandeira.
De acordo com as investigações, o único alvo do trio era Fábio Neves Domingos, de 34 anos. Ele teria uma rixa antiga com Rodney dentro da torcida e os dois disputavam o controle do tráfico de drogas na região. Ainda segundo os policiais, os outros torcedores teriam sido mortos porque reconheceriam os atiradores.
O réu foi expulso da Polícia Militar em 2004 devido porte ilegal de armas e, no mesmo período, respondeu por receptação. Atualmente ele está preso há quatro anos e chorou durante os depoimentos das testemunhas. O ex-policial também declarou ser inocente e disse que era amigo de todas as vítimas, mas um dos sobreviventes do ataque, relatou ter visto, através de um buraco na porta, ele atirar em Fábio.
Além de Rodney, o agente Walter Pereira da Silva também foi acusado de ter participado do crime e chegou a ser preso, mas em 2017, a justiça entendeu que não havia provas contra ele. O terceiro envolvido até hoje não foi identificado.
Os familiares das vítimas pedem por justiça.