100 dias do rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho
235 pessoas morreram do rompimento da barragem da Vale, em Minas Gerais, e outras 35 continuam desaparecidas
SBT News
A tragédia em Brumadinho completou, neste sábado (04), cem dias. Duzentas e trinta e cinco pessoas morreram no rompimento da Barragem do Córrego do Feijão, no dia 25 de janeiro, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG).
Trinta e cinco pessoas seguem desaparecidas. Segundo o Corpo de Bombeiros, as buscas permanecem sendo realizadas diariamente, das seis horas da manhã às onze da noite. Na madrugada, são feitas reuniões estratégicas.
Os oficiais afirmam que as operações só serão encerradas quando todos os corpos de todas as vítimas forem encontradas ou quando não houver mais condições biológicas de buscas.
Esta já é a maior operação de buscas e resgates realizada no Brasil. No momento, trezentos homens da Defesa Civil trabalham simultaneamente na lama de rejeitos deixada pelo rompimento da barragem da Vale. O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais também recebeu ajuda de outros estados do país e, inclusive, de uma equipe de Israel.
Além disso, também foram utilizados drones e equipamentos sofisticados ao longo da operação. Contudo, uma das ajudas mais importantes nos resgates foram os cães farejadores. Um dos heróis, o cão Barney, dos bombeiros catarinenses, morreu nesta sexta-feira (04) durante um salvamento, em um rio de Santa Catarina. Em Minas, Barney foi lembrado em uma homenagem pelas equipes.
Os rejeitos de minério destruíram boa parte da área administrativa da mineradora Vale, incluindo o refeitório, onde dezenas de funcionários almoçavam - local onde foi feito o maior número de vítimas. A lama ainda destruiu plantações, inúmeras casas de moradores da região e contaminou o Rio Paraopeba, um dos afluentes do São Francisco.