Publicidade
Brasil

Vídeo: Câmera corporal mostra momento em que estudante de medicina é morto por policial

Marco Acosta foi baleado na zona sul de SP em novembro; Justiça deve decidir sobre pedido de prisão preventiva de policial

Imagem da noticia Vídeo: Câmera corporal mostra momento em que estudante de medicina é morto por policial
Marco Aurélio Cardenas Acosta, estudante de medicina morto pela Polícia Militar | Reprodução
Publicidade

A morte de Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, durante uma ação policial em São Paulo, foi registrada por câmeras corporais usadas por policiais envolvidos. Os vídeos foram anexados ao processo na última sexta-feira (10).

O estudante de medicina foi morto em 20 de novembro dentro de um hotel na Vila Mariana, zona sul da capital, após tentar fugir de dois policiais. A perseguição começou depois que ele deu um tapa na viatura ocupada pelo policial Guilherme Augusto Macedo, autor do disparo à queima-roupa.

Nesta semana, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva do policial, sem prazo determinado. O Ministério Público concordou com o pedido, mas a decisão ainda não foi tomada pela Justiça. Guilherme já foi indiciado por homicídio doloso no inquérito policial militar (IPM) e segue afastado de suas funções, assim como o policial que o acompanhava na ação.

Já dentro do hotel, Guilherme aparece dizendo repetidamente: “Você vai tomar, você vai tomar.” O vídeo mostra o estudante encostado no portão trancado do estabelecimento, resistindo à abordagem do outro policial, quando foi atingido pelo disparo.

Mesmo baleado, caído no chão e sem reagir, o policial continuou a ameaçá-lo: “Se você se mexer, vai tomar mais um.” Em seguida, Marco apenas disse: “Tira a mão de mim.” Ainda no local, o PM questionou o motivo de o estudante ter dado um tapa na viatura.

Quem era o estudante

Nascido em São Paulo, Marco Aurélio Cardenas Acosta é filho de um casal de médicos peruanos naturalizados brasileiros, Silvia Mônica e Júlio Cesar Acosta, que chegaram no Brasil há 27 anos.

Marco estudava na faculdade particular Anhembi Morumbi e disputava campeonatos de futebol pela instituição. A atlética da instituição, em uma nota de pesar, disse que Marco deixa memórias de carinho, sendo um "companheiro de jornada" e amigo de todos.

As circunstâncias da morte ainda estão sendo investigadas. Gabriele Mantey Caetano, testemunha do caso, declarou ao DHPP que Marco Aurélio devia cerca R$ 20 mil a ela. Segundo a mulher, na noite do ocorrido, os dois se encontraram em um hotel para discutir a dívida, o que resultou em uma briga.

Gabriele afirmou que Marco Aurélio a agrediu durante a discussão, o que levou o recepcionista a acionar a Polícia Militar. Após fugir do quarto, ela viu Marco Aurélio cercado por policiais e ouviu o disparo que o atingiu. Em seguida, o acompanhou ao hospital, onde ele foi atendido, mas veio a falecer posteriormente.

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade