Veja quem são os desembargadores afastados suspeitos de vender sentenças no Tribunal de Justiça de MS
Cinco magistrados alvos da Operação Ultima Ratio usavam escritórios de filhos e empresas para disfarçar corrupção; PF apreende milhões
A Polícia Federal (PF) investiga um esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS). Cinco desembargadores foram afastados do cargo nesta quinta-feira (24), com a deflagração da Operação Ultima Ratio.
Nas buscas, a PF apreendeu milhões em dinheiro vivo na casa dos alvos. A PF fez buscas em 44 endereços, entre eles, os gabinetes dos desembargadores e escritórios de filhos.
Por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ), os cinco magistrados vão usar tornozeleira eletrônica. O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS) Osmar Domingues Jeronymo também foi afastado do cargo.
As investigações reuniram quebras de sigilos, análises fiscais e bancárias e apontam que os filhos eram usados para tentar disfarçar o dinheiro da corrupção. Os alvos são suspeitos de crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas.
Os desembargadores afastados do TJ-MS
Sérgio Fernandes Martins - Desembargador e atual presidente do TJ-MS
Sideni Soncini Pimentel - Desembargador eleito presidente do TJ-MS em 2025
Vladimir Abreu da Silva - desembargador eleito vice-presidente do TJ-MS em 2025
Marcos José de Brito Rodrigues - Desembargador do TJ-MS
Alexandre Aguiar Bastos - Desembargador do TJ-MS
O STJ ainda determinou proibição de acesso a dependências de órgãos públicos, uso de tornozeleira eletrônica e vetou comunicação entre investigados.
A operação contou com 220 policiais federais e servidores da Receita Federal. Foram realizadas buscas em Brasília (DF), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT) e São Paulo (SP). A Ultima Ratio é desdobramento da operação Mineração de Ouro, deflagrada em 2021 e na qual foram apreendidos materiais com indícios dos crimes investigados na ação de hoje.