"Um menino educado, cuidadoso, que eu criei", diz mãe de estudante de medicina morto pela PM em SP
Marco Aurélio Cardenas Acosta foi vítima de um disparo de arma de fogo à queima-roupa em abordagem policial dentro de um hotel
"Nada justifica a morte. Meu filho não está armado, sem camiseta. Não dava nem para dizer que estava com uma arma escondida [...] Um menino educado, cuidadoso, que eu criei."
O depoimento é da médica Silvia Mônica, 13 horas depois de perder o filho Marco Aurélio Cardenas Acosta, estudante de medicina de 22 anos. O jovem foi vítima de um disparo de arma de fogo à queima-roupa durante uma abordagem policial, na madrugada dessa quarta-feira (20), em um hotel na zona sul de São Paulo.
O crime, gravado por câmeras de segurança, flagrou a ação dos policiais Yuri Martins de Almeida e Guilherme Augusto Macedo. Os dois foram afastados das atividades militares pela Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP) enquanto o caso é investigado.
"Uma imagem de muita dor e sofrimento do filho que eu criei, que eu pari. Meu filho que era um menino decente, estava terminando o quinto ano de mecidina com nota 9,5", disse a mãe.
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Ela é casada com o médico Júlio Cesar Acosta. Os pais da vítima são de origem peruana e se naturalizaram brasileiros. Marco foi criado em São Paulo com dois irmãos, também médicos. O jovem assassinado era uma pessoa amada dentro de casa e pelos amigos da faculdade em que estudava.