Trem intercidades entre São Paulo e Campinas vai a leilão nesta quinta
Projeto prevê viagem de 64 minutos em velocidade de até 140 km/h; sindicatos protestam
Emanuelle Menezes
O leilão para a concessão do Trem Intercidades (TIC) Eixo Norte, que deve conectar São Paulo a Campinas (SP) por trem expresso de média velocidade, acontece às 15h desta quinta-feira (29) na sede da Bolsa de Valores de São Paulo (B3).
O trajeto entre a capital paulista e a cidade de Campinas terá duração de 64 minutos, com velocidade que pode chegar a 140 km/h. A tarifa prevista é de R$ 64.
Haverá uma parada em Jundiaí, na região metropolitana. Cada trem poderá levar até 860 passageiros e o intervalo entre eles será de 15 minutos.
O TIC tem investimento previsto de R$ 13,5 bilhões. O vencedor do leilão ganhará a concessão por 30 anos. Segundo o edital, da Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI) do Governo do Estado, a previsão é que o projeto fique pronto em 2031.
Trem parador
Além do Trem Intercidades, o ganhador vai operar o Trem Intermetropolitano (TIM), também conhecido como "trem parador". Ele vai ligar as cidades de Jundiaí e Campinas, com paradas em Louveira, Vinhedo e Valinhos.
O percurso será feito em 33 minutos, com velocidade média de 80 km/h. Os trens terão capacidade para até 2.048 passageiros. Ele deve ser concluído em 2029.
Linha 7-Rubi
O projeto também prevê que as 17 estações da linha 7-Rubi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), entre as estações Palmeiras-Barra Funda e Jundiaí, passem a ser geridas pela concessionária vencedora do leilão.
A linha, que atualmente é operada pela CPTM, foi responsável pelo transporte de mais de 98,9 milhões de passageiros em 2023.
Segundo o Governo de São Paulo, somando os três sistemas "550 mil pessoas serão transportadas diariamente no primeiro ano de operação conjunta. Os 11 municípios contemplados pelos trechos dos modais somam uma população de 15 milhões de pessoas, que serão beneficiadas pelas novas alternativas de rota".
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Sindicatos protestam
Trabalhadores do Metrô e da CPTM, contrários à privatização da linha 7-Rubi, realizaram uma manifestação em frente à Bolsa de Valores, na tarde de quarta-feira (29).
"O leilão da linha 7 acontece sem consultar a população, após 2 anos de experiência negativa com as linhas privatizadas 8 e 9 e com transferência de dinheiro público", disse a presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa.
