Transporte de urnas é prejudicado por crise climática no Norte do país
Seis rios importantes na região atingiram seus níveis mais baixos da história, enquanto Rondônia e Pará enfrentam densas camadas de fumaça
A crise climática tem dificultado o transporte de urnas eletrônicas em regiões remotas do Norte do Brasil. Em Rondônia, aeronaves dos Bombeiros enfrentam o céu coberto de fumaça para garantir que eleitores possam votar. No Pará, o Tribunal Regional Eleitoral já prevê uso de barcos e transporte com ajuda de animais.
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Há temor de que muitos eleitores não consigam chegar aos locais de votação no próximo domingo, devido às dificuldades de mobilidade causadas pela seca. Seis rios importantes do Norte atingiram níveis recordes de baixa, segundo o Greenpeace, e 737 municípios brasileiros estão em estado de emergência devido à estiagem. Na Ilha do Marajó, a falta de peixes e a baixa qualidade da água potável são motivo de preocupação para os moradores. Especialistas do Observatório do Marajó alertam que a emergência climática afeta tanto a mobilidade quanto a autonomia das pessoas, ameaçando o direito ao voto em áreas vulneráveis.
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O Tribunal Regional Eleitoral do Pará já adaptou sua logística, prevendo o uso de barcos e até transporte por tração humana ou animal para garantir a entrega das urnas em regiões afetadas pelas secas e queimadas. Em alguns casos, a distribuição foi antecipada para evitar maiores problemas no dia da eleição.