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TJ-RJ convoca Coronel Nunes para esclarecer suposta falsificação de assinatura em acordo da CBF

Acordo firmado no início deste ano foi responsável por manter Ednaldo Rodrigues como presidente da confederação; entenda

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Coronel Antônio Carlos Nunes é convocado pela Justiça do Rio para esclarecer suposta falsificação de assinatura | Lucas Figueiredo/Mowa Press/Divulgação
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O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) marcou para a próxima segunda-feira (12) uma audiência com o coronel Antônio Carlos Nunes, conhecido como Coronel Nunes, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), para apurar uma suposta falsificação de assinatura em um acordo firmado no início deste ano que manteve Ednaldo Rodrigues como presidente da confederação. A decisão é do desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro.

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Entenda

O acordo em questão foi decisivo para a realização da eleição que, há pouco mais de um mês, confirmou a permanência de Ednaldo Rodrigues na presidência da CBF. No entanto, há dúvidas sobre a legitimidade da assinatura de Nunes no documento. Segundo a decisão do desembargador, existem indícios de que Nunes não teria condições cognitivas para firmar o acordo na época.

A investigação foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), após o ministro Gilmar Mendes enviar o caso ao tribunal carioca e ordenar “a apuração imediata e urgente dos fatos narrados nas petições”.

Entre os elementos citados pelo desembargador estão:

  • Coronel Nunes foi diagnosticado com neoplasia cerebral maligna em 2018;
  • Laudo médico de junho de 2023 apontando déficit cognitivo no ex-presidente da CBF;
  • Procuração pública emitida um dia após o laudo, delegando poderes para terceiros gerenciarem suas finanças;
  • Laudo grafotécnico de 2025 indicando que a assinatura no acordo diverge da caligrafia de Nunes.

Ainda nesta semana, dois pedidos foram apresentados ao STF para que o acordo fosse reconsiderado. A deputada federal Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) e o vice-presidente da CBF, Fernando Sarney, alegaram que o Coronel Nunes, por conta de seu estado de saúde, não teria capacidade de aprovar o documento.

Apesar disso, o ministro Gilmar Mendes negou o afastamento imediato de Ednaldo Rodrigues e a suspensão da homologação do acordo. Contudo, ele determinou que o TJ-RJ apurasse os fatos.

A intimação para a audiência será feita a André Mattos, diretor jurídico da CBF, que representou Nunes na assinatura do acordo no início do ano por questões de saúde.

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