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Tenente acusado de matar campeão mundial de jiu-jitsu tem salário suspenso pela justiça de São Paulo

Desde agosto de 2022, o tenente Henrique Velozo está detido no presídio Romão Gomes

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Leandro Lo
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A justiça de São Paulo suspendeu o pagamento do salário do tenente da Polícia Militar, Henrique Velozo, acusado de matar o campeão mundial de jiu-jitsu Leandro Lo. O crime ocorreu em agosto de 2022, no Clube Sírio, na zona sul da capital paulista, onde testemunhas afirmam que o PM provocou o lutador diversas vezes antes da morte. Leandro Lo foi imobilizado após aplicar um golpe no militar. Ao ser solto, ele sacou uma arma e atirou na cabeça do atleta.

Desde agosto de 2022, o tenente Henrique Velozo está detido no presídio Romão Gomes. Ele vinha recebendo regularmente um salário de R$10.800, por uma decisão judicial de primeira instância. No entanto, o pagamento foi suspenso há apenas dois meses atrás, conforme determinação do Tribunal de Justiça.

A mãe de Leandro Lo, que contava com o filho como o principal provedor da família, exige a expulsão do tenente da corporação. Após um ano e meio do crime, a Polícia Militar ainda não concluiu o processo interno.

O advogado da família da vítima, Adriano Salles Vanni, critica a demora da corregedoria em ouvir testemunhas. “Um ano pra vir uma precatória do Rio para uma testemunha que não acrescenta absolutamente nada? Tudo bem, ela foi arrolada pela administração, ela tem que ser ouvida. Mas um ano?”.

A mãe do lutador, Fátima, que hoje reside em um apartamento adquirido pelo filho, dedica-se a um instituto que ensina jiu-jitsu para crianças carentes. Ela expressa sua dor e indignação diante da falta de justiça. “Tenho que tomar remédio pra dormir, tenho que tomar remédio pra viver, para poder encarar tudo que está acontecendo comigo. A mãe dele pode ver ele, né? Eu nunca mais vou poder ver meu filho", lamentou.

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