São Paulo lidera ranking de cidades com ar mais poluído do mundo; conheça antiga campeã
Documentarista turco visitou cidade paquistanesa para mostrar como é viver na cidade mais poluída do planeta
São Paulo lidera, nesta terça-feira (10), o ranking de cidades com o ar mais poluído do mundo. Os dados são da agência suíça IQAir, que monitora a qualidade do ar em mais de 100 grandes cidades globais, utilizando o Índice de Qualidade do Ar (IQA) como referência.
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A capital paulista ultrapassou Lahore, no Paquistão, conhecida por ser a cidade mais poluída do mundo. Às 9h desta terça, o IQA de São Paulo estava em 161, o que é considerado insalubre, enquanto o de Lahore chegava a 92, índice moderado.
O indicador de cada cidade é calculado a partir da mediana dos dados fornecidos por todas as estações de monitoramento localizadas no município, refletindo a situação em um momento específico. A lista é atualizada a cada hora. Veja o ranking:
Na segunda-feira (9), durante a tarde, Lahore liderou o ranking da IQAir, enquanto São Paulo ficou em segundo lugar. Segunda maior cidade do Paquistão, com mais de 13 milhões de habitantes, ela combina uma série de fatores ambientais e humanos que contribuem com a poluição, como a alta densidade populacional, aumento da atividade industrial e queima de combustíveis fósseis.
Em 2021, o documentarista turco Ruhi Çenet visitou Lahore para mostrar como é viver na cidade mais poluída do mundo. Veja abaixo:
Como cuidar da saúde com tempo seco e poluído?
Segundo monitoramento da Companhia Ambiental do Estado (Cetesb), às 9h desta terça, 17 das 21 estações medidoras na região metropolitana registraram qualidade do ar como ruim ou muito ruim.
O órgão alerta que a poluição pode causar aumento dos sintomas em crianças e pessoas com doenças pulmonares e cardiovasculares e aumento de sintomas respiratórios na população em geral. A recomendação da Cetesb é que pessoas com doenças cardíacas ou pulmonares, idosos e crianças evitem esforço físico pesado ao ar livre. A população em geral deve reduzir o esforço físico pesado ao ar livre.
O pneumologista Eduardo Garcia explica que é importante ficar atento aos sintomas respiratórios e elenca o que pode acontecer com o corpo devido ao tempo seco:
- Mucosa dos lábios seca;
- Conjuntivite ou irritação dos olhos;
- Desidratação sistêmica, quando falta líquido no corpo.
A recomendação do especialista é ingerir muita água. "Tomar bastante água, mais do que a sede. Às vezes, a nossa percepção não está tão acurada, mas o nosso corpo precisa do líquido. Então não se pode esquecer de se hidratar", ressalta.
A quantidade ideal para o consumo diário de líquidos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), varia de acordo com o peso de cada um. Ela pode ser calculada multiplicando 35 ml pelo peso corporal, por exemplo: 2,8 litros para uma pessoa de 80 kg e 2,1 litros para uma de 60 kg.
O que mais é possível fazer?
A transmissão e proliferação de doenças bacterianas e virais são mais comuns durante períodos com baixa umidade. Veja as orientações para prevenir.
Para evitar proliferação de doenças:
- Lavar as mãos;
- Evitar tossir em público e sempre proteger a boca ao tossir;
- Boa alimentação;
- Lavagem nasal.
"O ar seco diminui a produção do muco nasal. Com a lavagem, removemos secreção, melhoramos o ressecamento, sem deixar a mucosa despreparada e desprotegida para a entrada do vírus invasor", explica a otorrinolaringologista Juliana Cola Carvalho.
Para os olhos:
- Óculos de sol: para proteger os olhos dos raios ultravioletas e evitar a evaporação das lágrimas, mantendo os olhos úmidos;
- Compressas de água gelada para diminuir a coceira nos olhos;
- Colocar vasilhas com água ou umidificadores no ambiente para melhorar a respiração.