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Saiba quem é o padre de Osasco que está entre os 37 indiciados em plano golpista

De acordo com a PF, José Eduardo de Oliveira e Silva faria parte de núcleo jurídico que produziu documentos que seriam utilizados no golpe

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José Eduardo de Oliveira e Silva, o padre indiciado pela PF no plano golpista | Reprodução/Redes sociais
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Um padre da Diocese de Osasco, Grande São Paulo, está entre os 37 indiciados pela Polícia Federal, como Jair Bolsonaro, ex-ministros, militares e pessoas próximas ao antigo governo, no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado no país.

Os investigados podem responder pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa, além do golpe de Estado.

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Padre no núcleo jurídico

José Eduardo de Oliveira e Silva, o padre indiciado pela PF no plano golpista | Reprodução/Redes sociais
José Eduardo de Oliveira e Silva, o padre indiciado pela PF no plano golpista | Reprodução/Redes sociais

O católico José Eduardo de Oliveira e Silva foi alvo da operação Tempus Veretatis da PF, em fevereiro deste ano. Ele é citado na investigação por suspeita de integrar um núcleo jurídico que produziu decretos e minutas que seriam utilizados para o golpe após as eleições presidenciais de 2022, de acordo com o ministro Alexandre de Mores, do Supremo Tribunal Federal.

Além do padre, o grupo era integrado pelo ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, Anderson Torres, pelo coronel Mauro Cid e Flipe Martins, ex-ajudante de ordens e ex-assessor especial do presidente, respectivamente. O advogado Amauri Feres Saad era o quinto integrante do núcleo jurídico.

Indiciados por tentativa de golpe | Reprodução
Indiciados por tentativa de golpe | Reprodução

O documento da Tempus Veretatis indica que o padre participou de reunião com Filipe Martins e Amauri Feres Saad no dia 19 de novembro de 2022, em Brasília, para tratativas do plano golpista. Na data, os controles de entrada e saída do Palácio do Planalto registraram a entrada e a saída do religioso da sede do governo federal.

Durante a operação, ele foi proibido de manter contato com os demais investigados e precisou entregar os passaportes como medida cautelar. Além disso, o padre é investigado pela criação de fake news.

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"Como apontado pela autoridade policial, ‘José Eduardo possui um site com seu nome no qual foi possível verificar diversos vínculos com pessoas e empresas já investigados em inquéritos correlacionados à produção e divulgação de notícias falsas’", de acordo com Moraes.

Religioso ataca identidade de gênero

José Eduardo de Oliveira e Silva, o padre indiciado pela PF no plano golpista | Reprodução/Redes sociais
José Eduardo de Oliveira e Silva, o padre indiciado pela PF no plano golpista | Reprodução/Redes sociais

Nascido em Piracicaba, interior de São Paulo, José Eduardo se mudou para Osasco e se tornou sacerdote da Diocese, em 2006.

Doutor em Teologia Moral na Universidade de Santa Cruz, em Roma, ele obteve projeção nas redes sociais ao realizar ataques contra a diversidade de gênero e a educação sexual.

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Após a operação da PF, negou envolvimento em atividades golpistas. "Abaixo de Deus, em nosso país, está a Constituição Federal. Portanto, não cooperei nem endossei qualquer ato disruptivo da Constituição", declarou. O SBT News pediu um novo posicionamento para o padre, que não respondeu. O espaço segue aberto.

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