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Quem espera carro de aplicativo na calçada com celular nas mãos vira alvo fácil de assaltantes em SP

Dados da SSP mostram que mais de 500 celulares são roubados ou furtados por dia na capital paulista; só na Av. Paulista são 6 por dia

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Esperar por um carro de aplicativo na calçada é uma prática comum nas grandes cidades brasileiras. Mas, em São Paulo, esse simples gesto do cotidiano pode colocar o pedestre na mira de criminosos. Nas ruas, é comum ver pessoas com o celular nas mãos — digitando, conversando ou lendo mensagens. O que facilita a ação de assaltantes, que nem precisam fazer muito esforço para encontrar a próxima vítima.

Foi o que aconteceu na porta de uma cafeteria, em São Paulo. Um homem e duas mulheres esperavam um carro de aplicativo quando foram abordados por um assaltante. Ele levou os celulares dos três e, em seguida, também roubou os aparelhos de um casal que estava em uma mesa.

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De acordo com dados da Secretaria da Segurança Pública, de janeiro a setembro deste ano, foram registrados em média 515 roubos e furtos de celulares por dia na capital paulista — o que representa 21 ocorrências por hora. Um dos locais mais visados pelos ladrões é a Avenida Paulista.

“Tenho medo, sim, mas é uma emergência, preciso falar com a moça”, contou Ivanete Silva, diarista, enquanto usava o celular na avenida.

Outra pedestre confirmou o risco: “Tava só mandando mensagem. Aqui é bem perigoso.” O engenheiro Eloi Oliveira disse que evita se expor: “Preciso consultar alguma coisa rápido e já guardo para não ter problema.”

Os números mostram que não se pode contar com a sorte: só na Avenida Paulista, em média, seis celulares são roubados ou furtados por dia. O consultor de segurança pública Marcy JC Verde alerta para cuidados simples: “Se você está na via pública, não exponha o celular. Se precisar usar, entre em uma padaria ou local discreto.”

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A orientação do especialista é clara: nunca espere na calçada. “Se você estiver chamando um táxi ou um carro de aplicativo, espere do lado de dentro — da sua casa, do trabalho, do shopping ou da padaria. Mesmo que não esteja com o celular, se o ladrão vê uma mochila ou uma bolsa, pode abordar. Pronto, acabou”, reforça o consultor.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou que os roubos de celular caíram 13% na capital paulista entre janeiro e setembro deste ano, como reflexo do reforço no policiamento, do uso de tecnologia e das ações de combate à receptação de aparelhos roubados.

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