Calor e festas alteram rotina dos cães e aumentam riscos de ataques
Mudanças na rotina, estresse e manejo inadequado podem alterar o comportamento dos cães e aumentar riscos na convivência com os tutores
Alvaro Nocera
Com as festas de fim de ano e o clima mais quente, é comum que tutores de cães viagem e alterem a rotina dos animais. As mudanças no dia a dia e o manejo inadequado podem mexer com o comportamento deles. Em casos extremos, o animal pode acabar atacando o tutor.
Em Campinas, no interior de São Paulo, uma mulher de 25 anos foi atacada pelo próprio pitbull no quintal de casa e não resistiu. Um vizinho ouviu os gritos e tentou separar. A polícia foi acionada e o cão deve ser encaminhado para o Departamento de Proteção e Bem-Estar Animal da cidade.
Segundo dados do Ministério da Saúde, desde 2023 foram registrados quase 150 mil atendimentos ambulatoriais relacionados a mordeduras ou ataques provocados por cães, sendo 3.750 atendimentos hospitalares. Em 2024, foram pelo menos 50 mortes.
Apesar do estresse aumentar o risco na convivência dos cães com os tutores, é possível corrigir o comportamento agressivo dos animais com treinamento adequado. O Aka - um pitbull de um ano e meio - é um exemplo disso. Ele atacou um dos donos, que decidiram sacrificá-lo. A veterinária não aceitou. Hoje, Aka está em tratamento para retornar ao convívio da família.
Hélio é adestrador de cães e foi atacado por um labrador. Ele conta que estava treinando o animal quando decidiu retirar a focinheira de maneira precoce. O adestrador alerta que não se pode humanizar o animal e é preciso ter precaução.









