Quedas na terceira idade preocupam e exigem cuidados dentro e fora de casa
Exercícios físicos ajudam a dar segurança na rotina dos idosos
Lenise Slawski
Segundo a Organização Mundial da Saúde, as quedas estão entre as principais causas de morte por ferimentos não intencionais, com quase 700 mil casos por ano - a maioria entre pessoas com mais de 60 anos.
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Por isso, é preciso reforçar a importância de cuidados com o ambiente e com a prática regular de exercícios físicos para garantir mais segurança na rotina dos idosos. Aos 84 anos, a publicitária aposentada Tânia Sfogia entendeu isso na prática. "Achei que iam me indicar exercícios, mas o médico recomendou a bengala. Fui direto comprar", contou. Hoje, ela se sente mais confiante ao caminhar. "Usar bengala é melhor do que cair tombo", afirma. "Até um terço das pessoas acima dos 65 anos sofre uma queda por ano. Isso aumenta com a idade e com os problemas acumulados ao longo da vida", explica o geriatra Virgílio Olsen, da Santa Casa de Porto Alegre. Ele alerta: "Queda é um sinal de que algo não está normal no envelhecimento". Além do risco nas ruas, o ambiente doméstico também requer atenção. "Evitar tapetes soltos, calçados escorregadios e instalar barras de apoio no banheiro são medidas simples que fazem diferença", acrescenta Olsen. Para o educador físico Luciano Rodrigues Guimarães, o fortalecimento do corpo é essencial na prevenção. "A atividade física regular melhora o equilíbrio, a força muscular e reduz significativamente o risco de quedas", afirma. A professora aposentada Ângela Maria Pietrobom, de 68 anos, comprova isso. Participante do programa Maturidade Ativa do Sesc, ela mantém uma rotina de exercícios desde os 65. "Me sinto mais firme, mais segura para andar por aí", relata.
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O programa atende cerca de sete mil idosos em todo o Estado, promovendo saúde e autonomia na terceira idade. Como resume Ângela: "Corpo forte, mente tranquila. A gente vive melhor e com menos medo de cair".
