Queda de avião em Vinhedo: caixas-pretas começam a ser analisadas pelo Cenipa em Brasília
Segundo Força Aérea Brasileira, trabalho dos peritos deve seguir "de maneira ininterrupta, pelas próximas"; veja como é o equipamento de gravação de voo
Os dois gravadores de voos, também conhecidos como "caixas-pretas", do avião que caiu na última sexta-feira (9), em Vinhedo, interior de São Paulo, já começaram a ser analisados pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o Cockpit Voice Recorder (CVR) - gravador de voz da cabine - e o Flight Data Recorder (FDR) - gravador de dados de voo - foram transferidos na manhã deste sábado (10) para o Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo (LABDATA), em Brasília, onde passarão pelo processo de "preparação, extração e degravação" dos dados.
Em nota, a FAB destacou ainda que os trabalhos já foram "iniciados pelos investigadores e devem prosseguir, de maneira ininterrupta pelas próximas horas".
Após a conclusão desta fase, a investigação avançará para a etapa de "análise de dados", na qual serão examinadas "atividades relacionadas ao voo, o ambiente operacional e os fatores humanos", além de aspectos mecânicos da aeronave, equipamentos, sistemas e infraestrutura. Segundo o Cenipa, o Relatório Preliminar do acidente deve ser divulgado no prazo de 30 dias.
Número de vítimas sobe para 62
Neste sábado (10), a companhia aérea Voepass, responsável pela operação do voo 2283, confirmou a 62ª morte acidente. Constantino Thé Maia não estava na lista de passageiros embarcados por uma "questão técnica" identificada pela companhia referente às validações de check-in, ao embarque e à contagem de passageiros. As vítimas são 58 passageiros e 4 tripulantes.
+ IML recebeu 24 corpos e identificou o piloto da aeronave que caiu em SP
Conforme boletim da Secretaria de Comunicação do Estado de São Paulo, divulgado às 17h deste sábado, 50 corpos foram retirados do local do acidente. Destes, 37 foram encaminhados ao IML Central do estado para identificação e liberação pelas famílias; outros dois já foram identificados por meio de exame datiloscópico.
