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Quatro crianças morrem por dia vítimas de afogamentos, diz Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático

No período das férias escolares, os cuidados com crianças e adolescentes devem ser redobrados

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A Polícia Civil de São Paulo vai analisar as câmeras de segurança do condomínio onde um adolescente de 14 anos morreu afogado após ficar preso nos degraus da escada da piscina. Segundo a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático, no Brasil, por dia, quatro crianças perdem a vida, vítimas de afogamentos.

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Quem vê Bruna Fioravante e o filho Theo, de 2 anos, brincando na borda da piscina nem imagina o que aconteceu há quase três meses durante uma reunião de amigos. "A piscina estava coberta com uma lona e tinha uma rede de proteção, e a gente não imaginava que ele poderia estar dentro da piscina", relembra.

Ela viu um dos irmãos carregando Theo, saindo da piscina e colocando ele no chão. "Não tinha mais vida ali. O coração dele tinha parado, o olho dele tinha virado e ele já estava todo roxo".

O Theo ficou oito dias internado. Após o tratamento intensivo, se recuperou sem nenhuma sequela.

"É uma dor de alma, é uma dor tão grande... eu só implorava ao senhor para que ele pudesse devolver meu filho de volta", pontua Bruna.

Acidentes como este são frequentes no Brasil. No período das férias escolares, os cuidados com crianças e adolescentes devem ser redobrados.

O caso desta semana envolvendo o adolescente de 14 anos, Arthur Sampaio Flores, ocorreu em um condomínio na zona leste da capital paulista. Segundo a Polícia Civil, o garoto foi socorrido pela mãe e pelos vizinhos. Ele ficou cinco dias internado mas não resistiu.

Segundo o médico pediatra Flaubert Farias, "os tecidos do organismo ficam com uma deficiencia de oxigênio, ou seja, o oxigênio não consegue chegar adequadamente ao cérebro principalmente". Ele ressalta que isso "pode trazer danos irreversíveis ao indivíduo".

Pelos dados da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático, a cada uma hora e meia, uma pessoa morre afogada no Brasil. A maioria das vítimas são crianças com idades entre 1 e 9 anos. Cinquenta e cinco por cento dos acidentes ocorre em piscinas e residências.

Os especialistas afirmam que há duas maneiras de prevenir afogamentos de crianças em piscinas. Uma delas é cercar o local com grades e portões, colocar lona e, dentro da água, boias. Esses objetos flutuantes podem ajudar em casos de acidentes e também criam um espaço entre a lona e a água com oxigênio. A outra orientação está relacionada ao comportamento dos adultos, que não devem desgrudar os olhos das crianças de jeito nenhum.

Em casos de afogamentos, os primeiros socorros são decisivos para manter a saúde da vítima.

"Quando eu tenho uma criança menor de 7 anos, eu consigo colocar no braço ou apoiar na perna. Preciso bater nas costas para fazer o estímulo das vias aéreas e posso utiliar o chão, e caso eu veja que tem pulsação, eu viro para o lado direiro. Caso não tenha pulsação, posso usar os dedos. Se tiver mais de 7 anos, utiliza apenas uma mão", diz o instrutor de resgate Davi Soares.

Entre tantos cuidados, a empreendedora Sarah Gomes escolhe para a filha roupas de banho com cores fortes. "Sempre trazer boia, sempre ficar de olho, porque qualquer descuido a crianca se afoga", pontua.

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