PUC-SP aceita demandas de alunos e ocupações estudantis terminam após oito dias
Estudantes denunciavam casos de racismo, aumento nas mensalidades e falhas na infraestrutura da universidade

Vicklin Moraes
A Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) entrou em acordo com seus estudantes nesta terça-feira (27), e as ocupações estudantis no Campus Monte Alegre, na zona oeste da capital, encerraram. O movimento, que durou oito dias, começou para denunciar casos de racismo, aumento nas mensalidades e falhas na infraestrutura da universidade.
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Em reunião, a mantenedora da universidade e a reitoria aceitaram as demandas dos alunos por letramento racial a funcionários, apuração rigorosa de atos racistas, reformas curriculares com viés antirracista, além de melhorias no restaurante universitário, incluindo expansão da bolsa alimentação e garantia de duas refeições diárias gratuitas para todos os bolsistas. A proposta dos estudantes de redução de mensalidade não foi aceita.
Na última sexta-feira (23), a instituição solicitou uma liminar à Justiça para a retirada dos alunos que ocupavam o campus, a decisão também autorizava o uso de força policial para desocupar o prédio, caso necessário. Após a polêmicas, a PUC se posicionou contra o uso de força policial.
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Em nota, a PUC informou que permanece comprometida com o diálogo e com a construção de uma universidade mais justa e inclusiva. A instituição reafirmou ainda seu compromisso com a comunidade acadêmica e com o fortalecimento de espaços de escuta e participação.