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Professores suspendem aulas em escola de Porto Alegre após casos de violência

Educadores relatam agressões frequentes e cobram mais segurança para evitar ataques dentro das escolas

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A Escola José Loureiro da Silva, em Porto Alegre, teve seus portões fechados nesta quarta-feira (27). Os professores decidiram suspender as aulas em protesto por mais segurança. O motivo é a sequência de agressões contra educadores, situação que tem se tornado frequente no Rio Grande do Sul.

Segundo a professora e presidente do conselho escolar, Luciana Conceição, episódios de violência têm ocorrido de forma recorrente. “Duas vices-diretoras sofreram agressões, a nossa diretora sofreu agressão. Então a gente precisa parar. As agressões têm sido de forma frequente. Quase toda semana um professor é agredido, fisicamente ou moralmente, e isso impacta muito a nossa saúde mental”, relatou.

Os números confirmam a preocupação. Em 2024, o estado registrou 1.384 ocorrências de violência em escolas. Já no primeiro semestre de 2025, esse número subiu para 1.511 casos. Entre eles estão ameaças, lesões corporais e brigas.

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O professor Marcelo Castanho conta que foi alvo de uma tentativa de agressão na última segunda-feira (25). “Ele não me acertou, não deixei que acertasse, mas foi algo muito sério. Nós temos algumas famílias que, infelizmente, não reconhecem a autoridade e passam isso para os filhos, o que acaba incorrendo na violência escolar, na forma de agressões e violência verbal”, afirmou.

De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 3,6% dos diretores de escolas do país suspenderam as aulas em 2023 por causa da violência. O levantamento também mostra aumento nos casos de lesão corporal dentro das instituições. Em Porto Alegre, foram 83 registros só neste ano.

A diretora da Associação dos Trabalhadores em Educação de Porto Alegre, Ludimilla Fagundes, defende medidas imediatas. “Tem que aumentar o número de professores, ampliar a carga horária de orientadores nas escolas e também melhorar o atendimento nos serviços de saúde. Senão, o aumento da violência vai continuar. É muito preocupante a situação que estamos vivendo”.

Casos graves de violência escolar chamaram atenção recentemente no Rio Grande do Sul. Em julho, um adolescente armado com facão invadiu uma escola em Estação, matou uma criança de nove anos e feriu uma professora e dois alunos. Já em abril, em Caxias do Sul, uma professora foi esfaqueada por adolescentes dentro de uma escola.

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