Ataque a tiros em escola católica nos EUA deixa 3 mortos, incluindo atirador
Autoridades investigam crime como terrorismo doméstico e ataque de ódio; cerca de 300 alunos estavam no local no momento do ataque.
Reuters
SBT News
Duas crianças foram mortas e outras 17 pessoas ficaram feridas nesta quarta-feira (6) após ataque a tiros em uma escola católica de Minneapolis, nos Estados Unidos. Após os disparos, o autor do crime tirou a própria vida.
A ação ocorreu durante uma missa na Escola Católica Annunciation, uma instituição de ensino privada. Cerca de 300 alunos estavam no local no momento do ataque.
Segundo as autoridades, o atirador, vestido de preto, disparou pelas janelas contra os estudantes que estavam sentados nos bancos da igreja e também contra os que entravam no local.
As vítimas são dois estudantes de 8 e 10 anos. Entre os feridos estão 17 crianças, sendo que duas estão internadas em estado crítico, disseram autoridades norte-americanas.
O agressor foi identificado como Robin Westman, de 23 anos, que mudou seu nome de Robert para Robin em 2020, alegando se identificar como mulher.
As autoridades disseram que o atirador não tinha antecedentes criminais e agiu sozinho. Ele utilizou um rifle, uma espingarda e uma pistola, todos comprados legalmente.
De acordo com a agência de notícias Reuters, vídeos online mostram que o autor do crime expressava depressão e desejo de realizar um ataque em massa, além de carregar mensagens políticas e nomes de outros atiradores que cometeram crimes semelhantes.
“Este foi um ato deliberado de violência contra crianças inocentes e outros fiéis. A crueldade e a covardia de atirar em uma igreja cheia de crianças são absolutamente incompreensíveis”, disse chefe de polícia Brian O'Hara
O FBI investiga o caso como um ato de terrorismo doméstico e crime de ódio contra católicos.
Este foi o 146º incidente do tipo registrado nos Estados Unidos apenas neste ano, segundo o Banco de Dados de Tiroteios em Escolas de Ensino Fundamental e Médio.
O ataque reacende o debate sobre a violência armada nas escolas americanas e a eficácia das medidas de segurança. Apesar de novas tecnologias e protocolos policiais, Westman conseguiu burlar as barreiras de proteção da escola, atirando nas crianças de fora da igreja.
O presidente dos EUA, Donald Trump, determinou que a bandeira nacional fosse hasteada a meio mastro em luto pelas vítimas.