Professores da UnB decidem entrar em greve
Mais de 300 institutos federais estão sem aula; categoria reivindica reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária
A Universidade de Brasília (UnB) se tornou mais uma instituição federal de ensino a entrar em greve no país nesta segunda-feira (8). Após assembleia, professores decidiram pela paralisação das atividades, se juntando aos servidores técnicos e administrativos, que estão em greve desde 11 de março.
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A greve dos professores foi aprovada por 257 votos a favor e 213 contra. A assembleia também decidiu por começar a paralisação na próxima segunda-feira (15).
Além de uma recomposição salarial com reajuste de 22,71% (divididos em três parcelas), os professores pedem equiparação dos benefícios e auxílios com os servidores do Legislativo e do Judiciário ainda em 2024.
Paralisações
Já são cerca de 300 campi de institutos federais que contam com professores e funcionários técnico-administrativos em greve nesta segunda-feira. Entre as reinvindicações da categoria estão: reestruturação das carreiras, recomposição salarial, revogação de normas relacionadas à educação que foram aprovadas nos governos Temer e Bolsonaro, como o novo ensino médio e reforço no orçamento das instituições de ensino e reajuste imediato de auxílios estudantis.
De acordo com o Sisasefe, sindicato nacional que representa os servidores, “o governo não mostrou um atendimento compatível às demandas da categoria até o momento”.
Para 2024, o governo diz ter apresentado uma proposta de elevar o auxílio-alimentação de R$ 658 para R$ 1 mil; aumentar 51% dos recursos de assistência à saúde e subir o auxílio-chefe de R$ 321 para R$ 489,90.
UFRJ
A AdufRJ, organização sindical que representa os professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro desde 1979, informou que a instituição decidiu, após assembleia, não entrar em greve a partir do próximo dia 15.
Foram 546 (63,5%) votos contra a paralisação e 272 (31,6%) a favor. Oitocentos e sessenta professores participaram da votação. “A diretoria fica feliz de poder garantir um processo democrático, no qual os professores puderam votar segundo suas convicções”, destacou Mayra Goulart, professora e presidenta da AdUFRJ.