Professores da rede municipal de SP entram em greve por aumento salarial
Categoria também defende melhorias na progressão de carreira e garantias de segurança nas escolas
Camila Stucaluc
Os professores da rede municipal de São Paulo decidiram, nessa quinta-feira (14), manter a greve para reivindicar reajuste salarial e melhorias na progressão de carreira. A categoria exige ainda o fim do confisco previdenciário, adoção de programas terapêuticos para educadores e garantias de segurança por meio de intensificação da ronda escolar.
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"Ontem, testemunhamos a força e a união dos Profissionais de Educação em uma manifestação histórica! Diante de um reajuste proposto que está longe de atender às nossas necessidades, decidimos em Assembleia Geral continuar a greve", disse o Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal (Sinpeem).
A greve foi iniciada no início da semana, após o prefeito Ricardo Nunes (MDB) anunciar um reajuste de 3,62% no piso dos professores e de 2,16% nos valores dos auxílios alimentação e refeição – conforme a inflação. O aumento, no entanto, é rejeitado pela categoria, que defende que os valores estão "muito aquém" do reivindicado.
Segundo o Sinpeem, cerca de 20% dos professores aderiram à greve. A rede municipal conta com cerca de 72 mil docentes, que lecionam para mais 741 mil alunos.
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Em meio ao impasse com a prefeitura, o sindicato convocou uma nova manifestação para terça-feira (19). "Precisamos convencer os vereadores que as nossas reivindicações são justas e o atendimento é necessário. A Prefeitura tem recursos e não pode se recusar a aplicar medidas que melhorem a educação e valorize os profissionais", defendeu.