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Presidente do Inep nega vazamento no Enem e diz que anulação de questões foi preventiva

Três itens foram anulados após o segundo dia de prova; segundo o Inep, participantes teriam memorizado questões aplicadas em pré-testes

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Palacios: "Não houve vazamento! O que houve foi uma tentativa de reprodução de itens memorizados" | Zeca Ribeiro/Agência Câmara

O presidente do Inep, Manuel Palacios, afirmou nesta terça-feira (2) que não houve vazamento de questões do Enem 2025. A anulação de três itens após o segundo dia de prova, realizado em 16 de novembro, foi, segundo ele, uma ação preventiva para preservar a segurança do exame.

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Durante audiência pública na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, Palacios explicou que as questões que circularam na internet não eram itens oficiais da prova, mas sim questões memorizadas por participantes que fizeram o pré-teste.

“Não houve vazamento. O que houve foi uma tentativa de reprodução de itens memorizados a partir da participação no pré-teste. Ninguém viu a prova antes de ela ser aplicada”, afirmou.

Por que o Inep anulou três questões?

As perguntas anuladas tinham semelhanças com itens do pré-teste divulgado nas redes sociais e, por cautela, foram retiradas da correção. O Inep reforça que isso não compromete a precisão do exame para medir a proficiência dos estudantes.

O pré-teste é uma aplicação experimental e sigilosa usada para avaliar nível de dificuldade das questões, adequação pedagógico e comportamento estatístico dos itens

Ele é realizado com estudantes que estão concluindo o ensino médio ou que o finalizaram recentemente.

“Não há como realizar um exame como o Enem sem pré-testes", enfatiza Palacios:

Segundo ele, esses testes seguem os mesmos protocolos de segurança da aplicação oficial. O Enem 2025 utilizou itens provenientes de dez pré-testes diferentes aplicados nos últimos anos.

Polícia Federal investiga o caso

A pedido do Ministério da Educação, a Polícia Federal deflagrou a Operação Profeta, que apura a possível divulgação antecipada de questões semelhantes às da prova antes do segundo dia de aplicação.

Segundo a PF, o objetivo da operação é esclarecer como o conteúdo foi obtido, identificar os responsáveis pela possível fraude, descobrir quem divulgou as informações de forma indevida e apurar se há conexão com outros crimes.

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