Prédio da Boate Kiss será demolido e se transformará em memorial para vítimas em Santa Maria (RS)
O letreiro com o nome da boate a porta foram arrancados, dando início a demolição do prédio para dar espaço ao memorial
Onze anos depois da tragédia que marcou o Brasil, começou hoje, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, a construção do memorial em homenagem às vítimas do incêndio na Boate Kiss, ocorrido em janeiro de 2013.
O letreiro com o nome da boate e a porta foram arrancados, dando início à demolição do prédio para dar espaço ao memorial. A obra, orçada em mais de R$ 4 milhões, deve ser entregue em até oito meses.
+ Leia tudo sobre a tragédia da boate Kiss
No local, haverá jardim, auditório, salas e 242 colunas com menções às vítimas da tragédia.
Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, sócios da boate, e Marcelo de Jesus Santos e Luciano Bonilha, da banda Gurizada Fandangueira, foram condenados em 2021, mas o júri foi anulado por irregularidades no processo. Em maio deste ano, a Procuradoria Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a condenação dos quatro seja restabelecida, mas recursos contra a realização de um novo julgamento ainda tramitam no STF.
Relembre o caso
No dia 27 de janeiro de 2013, a Boate Kiss, em Santa Maria, protagonizou um dos maiores desastres do Brasil. A Banda Gurizada Fandangueira se apresentava durante a festa universitária "Agromerados", quando o vocalista, Marcelo, direcionou um dos artefatos do show pirotécnico para cima.
As fagulhas atingiram o teto, que deu início a um incêndio. Marcelo tentou apagar o fogo com um extintor, que falhou, e em poucos segundos as chamas se espalharam com rapidez, gerando, além do calor, uma fumaça tóxica de cianeto. Diversos fatores dificultaram a saída dos participantes, como problemas estruturais, resultando na morte de 242 pessoas e mais de 600 feridos.
Boate Kiss: além da notícia conta os 10 anos da tragédia
Em 2023, o SBT News produziu o documentário "Boate Kiss: além da notícia", que marcou os 10 anos da tragédia do ponto de vista de profissionais da imprensa que acompanharam o caso desde o início até o julgamento, em dezembro de 2021.
O documentário também recupera imagens que nunca foram ao ar.