Polícia reforça patrulhamento nos acessos a Porto Alegre pelo risco de saques
Uma carga com mais de 15 mil litros de água mineral, item básico e em falta na capital gaúcha, precisou ser escoltada
Nathalia Fruet
A polícia gaúcha reforçou o patrulhamento nos acessos a Porto Alegre por causa do risco de saques. Uma carga com mais de 15 mil litros de água mineral, item básico e em falta na capital gaúcha, precisou ser escoltada.
Os dois caminhões saíram do Rio de Janeiro. Foram mais de 30 horas de viagem até a região metropolitana de Porto Alegre.
A população que conseguiu deixar as áreas alagadas ainda precisa de água potável.
"Nossa necessidade maior é água. A gente tem hoje dois farmacêuticos trabalhando no nosso QG, que é pra poder fazer a separação dos medicamentos e entregar nos locais", afirma o voluntário Lucas Torales.
A carga chegou na madrugada desta quarta-feira (8) e emocionou voluntários e moradores de Alvorada.
"A gente conseguiu a água tem uns dois dias, e são os primeiros carregamentos, amanhã chegam mais. A gente está fazendo esse movimento tem uma semana. A gente vai deixar aqui um carregamento e vai levar pra pontos de Porto Alegre", diz a voluntária Leticia Marques.
A doação foi feita pelo influencer carioca Roger Rodrigues, que tem uma distribuidora de bebidas na zona oeste do Rio.
"Espero que esse povo faça bom proveito. Eu fiquei sabendo que a água está acabando, e eu estou mandando mais 32 mil toneladas de água", afirma o influenciador.
A prova da falta de água é a enorme fila registrada na zona sul de Porto Alegre. "A gente está vendendo água, temos filas enormes e tem que entrar na fila pra conseguir uma senha, pra ver se vai conseguir água, e é limitado, um fardinho por pessoa", conta um comerciante.
Uma comitiva do governo federal liderada pela primeira-dama Janja foi ao Rio Grande do Sul nesta quarta levando 220 purificadores de água, o que dá pra garantir 1 milhão de litros de água potável por dia.
