Polícia Civil do DF faz alerta sobre golpe do falso concurso de "militar temporário" do Exército
De acordo com as investigações, esquema já fez vítimas em Brasília e em outros locais do Brasil; veja como evitar cair na fraude

Isabela Guimarães
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) emitiu um alerta oficial sobre uma nova modalidade de golpe que vem circulando principalmente em redes sociais e sites patrocinados: o falso concurso público para o cargo de "militar temporário do Exército Brasileiro". De acordo com as investigações, a fraude já fez vítimas em Brasília e em outros locais do Brasil.
Segundo a corporação, criminosos divulgam posts e anúncios patrocinados que informam, de maneira enganosa, que as provas do suposto concurso aconteceriam nesse último domingo (13). Um dos falsos locais de prova mencionados pelos golpistas seria a própria sede da PCDF – estratégia que visa dar credibilidade à fraude.
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Além das mensagens nas redes sociais, os golpistas direcionam as vítimas para um site com aparência oficial, que utiliza o endereço fraudulento "eb.mil.governodobrasil.org". Nesse portal, são solicitados pagamentos via Pix para diferentes etapas da suposta inscrição, incluindo taxas para teste físico e emissão de prova.
Em alguns casos, o golpe vai além: há relatos de ligações telefônicas automáticas, com voz eletrônica que se apresenta como de algum representante do Exército Brasileiro.
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A Polícia Civil do Distrito Federal esclarece que o concurso anunciado não existe, o cargo de "militar temporário" divulgado é inexistente, a PCDF não será local de qualquer prova relacionada ao Exército. Na verdade, segundo a corporação, trata-se de um golpe estruturado para captar dinheiro e dados das vítimas.
Orientação às vítimas
A Polícia Civil orienta que todas as pessoas que tenham realizado pagamentos ou fornecido dados pessoais nesse suposto concurso procurem imediatamente a delegacia mais próxima ou façam o registro de ocorrência por meio da Delegacia Eletrônica, disponível no site oficial da PCDF.
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A corporação também reforça que órgãos públicos não solicitam pagamentos via Pix, telefone ou mensagens para participação em concursos públicos oficiais.
As investigações estão em andamento, e novas informações serão divulgadas conforme o avanço das apurações.