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Brasil

Pesquisa da OCDE avalia impacto das qualidades socioemocionais na vida de estudantes

Resultado ajuda a entender o comportamento dos jovens e a relação de confiança com a escola

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Uma pesquisa feita em 15 países, entre eles o Brasil, avaliou as qualidades socioemocionais e o impacto delas na vida dos estudantes. O resultado ajuda a entender o comportamento dos jovens e a relação de confiança com a escola.

Em uma escola da rede pública, da capital paulista, os alunos são estimulados, por meio da aula de argila, a falar sobre suas emoções.

Valentina Castro, estudante de 10 anos, fez uma boneca pra homenagear a professora: "me ensinou a escrever carta de leitor, me ensinou conta de multiplicação, conta de divisão, vários tipos de conta de divisão, equação que eu tinha dificuldade e com ela eu consegui tirar uma boa nota na prova".

É exatamente esse tipo de competência, a socioemocional, que está sendo analisada em um estudo da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O relatório avaliou como o ambiente e as emoções influenciam no aprendizado em 15 países, inclusive o Brasil.

Os estudantes brasileiros participaram pela primeira vez do levantamento. Uma das principais conclusões por aqui mostra que alunos que têm as competências socioemocionais mais desenvolvidas se saem melhor e tiram notas mais altas em matemática, leitura e artes.

"Esse estudante que tem condições de entender os próprios sentimentos, dar nomes pra eles, ele consegue perceber esse momento que ele está vivendo, um momento de dificuldade, ele consegue pedir ajuda à professora, à psicóloga, à direção da escola, e ele consegue estar inteiro pra esse aprendizado", afirma Thomas Resende, gestor do Conviva, programa de melhoria da convivência e proteção escolar.

No Brasil, o estudo foi realizado em Sobral, no Ceará, com 2500 estudantes de 10 e 15 anos. Os mais jovens demonstraram maior progresso em competências como confiança, determinação, otimismo e assertividade - que é a habilidade de expor um posicionamento. Os mais velhos se destacaram na empatia.

"É importante que se faça o acompanhamento períodico e sistematizado de como essas competências estão se desenvolvendo pra construção da política pública e que isso se conecte com o currículo das escolas, que se conecte com a formação de professores", afirma Karen Teixeira, gerente de pesquisa do eduLab21, do Instituto Ayrton Senna.

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