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Brasil

Parada LGBTQIA+ leva famílias à Av. Paulista e propõe reflexão sobre o envelhecimento

Dados do IBGE mostram que população LGBTQIA+ têm maior propensão ao isolamento na velhice, sofre discriminação em instituições de acolhimento e lgbtfobia

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A Avenida Paulista, cartão postal de São Paulo, foi mais uma vez palco da diversidade neste domingo (22) com a 29ª edição da Parada do Orgulho LGBTQIA+. Foram 17 trios elétricos e atrações como Pepita, Grag Queen e Pedro Sampaio. Mas o que chamou atenção foi a diversidade de gente, de famílias e acima de tudo de respeito.

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A parada propôs uma reflexão sobre o envelhecimento das pessoas LGBTQIA+ no Brasil. Segundo dados do IBGE, esta parcela da população têm maior propensão ao isolamento na velhice, sofre discriminação em instituições de acolhimento e ainda enfrenta a Lgbtfobia.

"Nós temos muita vulnerabilidades, desde quando somos expulsos de casa, às vezes aos 12 anos, imagina isso na velhice. Um dos males que mais acomete a comunidade LGBT+ é a solidão. Agora soma isso à idade... é complicado, né? É muito importante olhar para nosso futuro porque o país está envelhecendo, mas olhar também para aqueles que já envelheceram, afirmou Leo Áquilla", ativista LGBT+.

Segundo Léo Áquilla, o evento anual é uma mensagem para o mundo inteiro e, principalmente para o Brasil.

"Nós existimos, não estamos mais embaixo de tapete, não vamos voltar para nenhum armário. Armário é lugar para guardar coisas, não pessoas. Nós estamos aqui hoje para lutar por nossos direitos, pela nossa empregabilidade. Como coordenadora da diversidade, eu preciso afirmar que isso aqui é de extrema importância ... é luta ou luto. E nós escolhemos lutar", afirmou.

A 29ª edição da Parada do Orgulho LGBTQIA+ também foi marcada pela presença de famílias e crianças vestindo as cores do arco-íris, firmando a luta por respeito e igualdade de direitos.

"Desde o primeiro ano que eles nasceram já estão frequentando para começar aprender a conviver com a diversidade e com esse amor", explicou o influenciador Robert Rosselló, que levou os filhos pequenos ao evento. "Eles nasceram da diversidade então nada mais justo do que eles participarem disso aqui".

O companheiro e também influenciador Gustavo Catunda defendeu a importância da presença das crianças em um evento dessa magnitude.

"Você conhecer a diversidade é você aprender a respeitar. Quando você conhece o diferente você entende o amor, o afeto. A gente sempre quis mostrar isso pra eles", acrescentou.

Além de um evento para celebrar a diversidade e firmar a luta por direito e respeito à comunidade LGBTQIA+, a parada também é economicamente importante no calendário paulista. De acordo com a Associação Comercial de São Paulo, o evento deve injetar cerca de R$ 548 milhões na economia da capital, principalmente nos setores de turismo, alimentação e hospedagem.

Estabelecimentos da região central registraram aumento nas reservas, com a rede hoteleira registrando ocupação acima da média, enquanto bares e restaurantes próximos ao trajeto do evento reforçaram equipes e ajustaram o atendimento para atender à demanda.

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