Olimpíadas de Paris: a um mês da competição, cerca de 30% das vagas do time Brasil são de militares
Programa do Ministério da Defesa já conta, até o momento, com 65 atletas na competição mundial
A pouco mais de um mês da abertura das Olimpíadas de Paris, cerca de 30% das vagas já conquistadas pelo Time Brasil são de militares incluídos no Programa Atletas de Alto Rendimento (Paar), do Exército Brasileiro e coordenado pelo Ministério da Defesa. Ao todo, até o momento, 65 atletas — 64 do programa e um militar de carreira — garantiram lugar na competição.
Os Jogos Olímpicos na capital francesa serão o quarto em que incluídos no Paar participam. Nos jogos de Londres, em 2012, 51 esportistas militares foram convocados (cerca de 20% do total) pela primeira vez. Na ocasião, das 17 medalhas conquistadas pelos brasileiros, cinco tiveram a participação dos militares.
Desde então, a parcela de membros das Forças Armadas nas competições só aumentou: no Rio de Janeiro, em 2016, representaram 31% da delegação verde e amarela, 145 militares. Ao final da competição, eles conquistaram 13 das 19 medalhas alcançadas pelo Brasil.
Já na edição anterior, em Tóquio, disputada em 2021, das 21 medalhas conquistadas pela delegação brasileira (301 atletas), 8 foram obtidas por integrantes do Paar (92 atletas militares ou 30,5%).
Piu se destaca na lista. Mais conhecido pelo apelido, Alison Brendom Alves dos Santos é um dos nomes mais populares da delegação. O sargento da Marinha, medalhista de bronze em Tóquio, venceu o mundial de 2022 e disputará os 400 metros com barreiras em Paris.
Com as últimas competições e seletivas nos próximos dias, ainda há possibilidade de a lista de classificados aumentar.
Programa Atletas de Alto Rendimento (Paar): desde 2008, em parceria com o Ministério do Esporte, a Defesa incorpora atletas às Forças Armadas de forma temporária, por até oito anos. O objetivo é promover a participação de militares atletas em competições e apoiar as equipes militares em eventos esportivos. A incorporação é voluntária, baseada nos resultados de competições. Medalhas conquistadas contam pontos no processo seletivo. Os atletas recebem benefícios como soldo ("remuneração básica" de cada patente), 13º salário, férias, assistência médica (incluindo nutricionista e fisioterapeuta) e acesso a instalações esportivas militares nos centros da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.