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Brasil

O que é ser nômade digital? Milhões de pessoas já adotaram estilo de vida; entenda

Consultoria de imigração traçou o perfil do universo de trabalhadores sem endereço fixo, que movimenta 800 bilhões de dólares por ano

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Trabalhar remotamente já era uma tendência na última década, mas esse modelo se consolidou, de fato, com a pandemia da Covid-19. O “home office”, termo em inglês para "escritório em casa", tornou-se comum, inclusive no Brasil. Passada essa fase de implementação, surge uma variação desse modelo: a dos nômades digitais, que já somam 35 milhões de pessoas no mundo, segundo uma estimativa da consultoria em imigração Fragomen. O que é ser nômade digital?

Nesse caso, o “home” do termo deixa de fazer tanto sentido. A ideia é exatamente não ter casa. É estar em constante mudança, sem criar raízes, como escolheram viver Luciana Silva Silveira e Henrique Barbosa de Sousa. Ela é nutricionista. Ele, criador de conteúdo. O casal, do Rio de Janeiro, passou por seis países nos últimos sete meses, colhendo experiência e apuros que se tornaram histórias para contar.

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“A gente já ficou preso em montanhas com 1.600 metros de altura na Bolívia e já teve que atravessar fronteiras a pé porque as pessoas abandonaram a gente de madrugada no meio da rua”, conta Henrique, direto da Costa Rica, atual “residência” do casal.

Luciana afirma que muitas vezes as pessoas, “presas à rotina”, sequer imaginam que têm essa possibilidade.

“No meu caso, consigo atender pacientes em qualquer lugar do mundo e pacientes de qualquer lugar do mundo também”, diz a nutricionista, que faz atendimentos online e está sempre prospectando novos pacientes de forma presencial por onde passa.

Tendência é de que nomadismo digital cresça

A tendência, aponta a consultoria, é de que esses números sigam crescendo exponencialmente, movimentando cada vez mais os mercados atrelados a esse estilo de vida. Hoje, o mercado movimenta 800 bilhões de dólares por ano.

“É um profissional que vai se matricular em um curso de línguas e em uma academia, ou que vai alugar um apartamento e se utilizar de serviços pelo tempo de estada maior do que um turista”, explica Diana Quintas, advogada e sócia da Fragomen.

De acordo com a consultoria, cerca de 40% por cento desses profissionais ganham mais de R$ 34 mil por mês. Parte da renda é resultado de parcerias com hotéis e restaurantes. Ainda a consultoria, a estimativa é que o total de nômades digitais, que só precisam de uma boa conexão de internet, chegue a 1 bilhão de pessoas em todo o mundo, em 2035.

Brasileira conheceu 200 países

A jornalista Nataly Castro acredita que vai se tornar a primeira mulher negra a conhecer todos os quase 200 países reconhecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). A brasileira está em Dubai, nos Emirados Árabes, a caminho do Turcomenistão. “Viajar significa ser livre. Livre para fazer as suas escolhas, decidir os seus caminhos e também as pessoas que você vai trazer pra sua vida”, diz a jornalista.

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