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Ministro da Venezuela condena ataque dos EUA a navio e chama de "massacre ilegal"

Ataque dos EUA matou 11 em navio na terça-feira (2); Diosdado Cabello acusou Washington de violar o direito internacional

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Ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello. | Reprodução/Reuters
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O ministro do Interior e da Justiça da Venezuela, Diosdado Cabello, condenou o ataque militar dos Estados Unidos que deixou 11 mortos em um navio na terça-feira (2), classificando a ação como um "massacre ilegal" e uma violação do direito internacional.

Durante seu programa semanal de TV estatal, Cabello afirmou que o episódio não representou justiça, mas sim "barbárie", acusando Washington de adotar dois pesos e duas medidas ao falar em democracia e direitos humanos enquanto promove execuções sumárias.

“Vamos supor, só para efeito de argumentação, que foram drogas e que 11 pessoas foram baleadas. Mesmo que fossem drogas, eles têm o direito de matar alguém? Suas próprias leis proíbem isso. E quanto ao direito de defesa das pessoas a bordo? (...) Eles assassinaram um grupo de pessoas, eu vejo cinco, mas eles dizem que são 11. Vamos supor que sejam 11. Mas, ao admitir isso, eles estão confessando o assassinato. É pura estupidez. Você não pode apresentar sua própria estupidez como defesa”, disse Cabello.

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O ministro também mostrou imagens do barco destruído e questionou a legalidade da operação. Em seguida, reforçou sua acusação contra os EUA:

“O que os Estados Unidos apresentaram como um ataque contra os narcotraficantes não passou de um massacre ilegal em águas internacionais. Eles violaram o direito internacional, violaram suas próprias leis e, pior de tudo, violaram um princípio humano básico: o direito à vida. Isso não foi justiça, foi barbárie, um ato imperialista destinado a demonstrar força."

O que diz os EUA

Autoridades americanas justificaram a ação ao afirmar que a embarcação transportava narcóticos ilegais. O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, disse que a operação fazia parte de uma campanha contra o narcoterrorismo.

Já o presidente dos EUA, Donald Trump, alegou que “enormes quantidades de drogas” foram encontradas a bordo, embora o Pentágono não tenha divulgado detalhes sobre a tripulação nem as evidências que sustentariam a decisão.

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Segundo o secretário de Estado Marco Rubio, ataques semelhantes devem continuar como parte dos esforços para interromper rotas do tráfico de drogas no Caribe.

O governo venezuelano, no entanto, nega qualquer envolvimento no caso e acusa Washington de usar o combate ao narcotráfico como pretexto para ações militares na região.

"Aqui na Venezuela, podemos falar abertamente sobre isso porque não somos cúmplices do narcotráfico ou de execuções em águas abertas. Nós combatemos o narcotráfico, não importa de onde venha", afirmou ainda Cabello.
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