Bruno Henrique, do Flamengo, é julgado no STJD por suposta manipulação de apostas; acompanhe
Atacante teria forçado cartão amarelo para beneficiar apostadores em partida contra o Santos, o que a defesa nega; ele pode ser suspenso por até 2 anos
Emanuelle Menezes
O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, é julgado nesta quinta-feira (4) pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por manipulação de resultado. Ele é acusado de ter forçado um cartão amarelo em partida contra o Santos, válida pela Série A do Campeonato Brasileiro de 2023 (acompanhe ao vivo acima). Se condenado, o jogador pode ficar suspenso por até dois anos.
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Bruno Henrique já havia se tornado réu na Justiça do Rio de Janeiro, após o Ministério Público do Distrito Federal (MP-DF) apresentar denúncia por fraude em apostas esportivas. Também é réu no processo seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior.
Segundo o STJD, a investigação apontou que Bruno Henrique recebeu o cartão de forma deliberada, com o objetivo de beneficiar apostadores. "A conduta foi previamente comunicada a seu irmão, Wander, por meio de mensagens em aplicativo. O atleta teria repassado informação privilegiada visando fraudar evento vinculado ao Brasileirão 2023", afirmou o STJD.
Bruno Henrique foi enquadrado nos artigos 243 (parágrafo 1º) e 243-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, com pena de 360 a 720 dias. Além disso, ele pode ter outra suspensão de 12 a 24 partidas e pagar multas que vão de R$ 100 a R$ 200 mil.
Além dele, foram denunciados mais quatro pessoas: Wander Nunes Pinto Júnior (irmão do jogador), Claudinei Vitor Mosquete Bassan, Andryl Sales Nascimento dos Reis e Douglas Ribeiro Pina Barcelos, todos próximos a Wander.
Ao SBT News, a defesa do jogador negou irregularidades. "É absurda a alegação de que tomar um cartão nesse lance, em que sequer falta houve, tinha como objetivo influenciar no resultado da partida ou do campeonato que estava em disputa", diz o comunicado.
"O próprio STJD já havia antes arquivado o caso que se baseava nas mesmas alegações e a Defesa do atleta demonstrará que a nova acusação também merece ter esse mesmo desfecho", completa.