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Brasil

Número de professores temporários supera o de concursados no DF e outros 14 estados

Dados foram apresentados em nova pesquisa do Todos pela Educação

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O Programa Escola em Tempo Integral visa induzir a criação de matrículas em tempo integral em todas as etapas e modalidades da educação básica | Divulgação
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Um levantamento do Todos pela Educação aponta que caiu o número de professores concursados na rede estadual brasileira. Em 2013, eram 505 mil docentes (68,4% do total). O número foi reduzido para 321 mil em 2023 — 46,5%. Por outro lado, houve aumento no número de profissionais contratados temporariamente. Os dados foram coletados da base do Ministério da Educação (MEC).

A pesquisa, por sua vez, mostra que o número de professores temporários supera o de concursados desde 2022. Em 2023, por exemplo, as redes contavam com 356 mil temporários, contra 321 mil professores efetivos", analisa o levantamento.

Entre 2013 e 2023, o total de professores ativos — concursados ou temporários — teve uma redução de 57 mil docentes. A queda, mostra o Todos pela Educação, pode estar ligada com a diminuição de matrículas da educação básica — uma consequência da dinâmica demográfica brasileira, bem como do aumento das taxas de aprovação e da redução da evasão escolar.

Estados

Em outra parte do estudo, o Todos pela Educação explica que a quantidade de professores temporários e efetivos varia de acordo com o estado. Em 2023, 14 estados e o Distrito Federal, por exemplo, tinham mais professores efetivos do que temporários.

Minas Gerais é o estado com a maior porcentagem de professores temporários na rede estadual — 80,4%. A porcentagem também supera os 70% no Tocantins (79,4%), Acre (75,1%), Espírito Santo (73,4%), e Santa Catarina (71%).

Outras unidades federativas que têm mais professores temporários do que concursados na rede estadual são Mato Grosso do Sul (69,6%); Mato Grosso (66,4%); Pernambuco (62,5%); Rio Grande do Sul (58,75); Ceará (57%); Maranhão (55,1%); Piauí (53,3%); Paraná (50,9%); e São Paulo (50,7%). No Distrito Federal, o número de profissionais temporários também supera o do quadro efetivo. Por lá, 56,4% dos docentes não prestaram concurso.

Por outro lado, o Rio de Janeiro é o estado com a maior taxa de professores efetivos — um total de 96%. Na Bahia (92,8%), Pará (93,5%) e Rio Grande do Norte (93,7%), as porcentagens também superam os 90%. Nos estados restantes, é possível perceber maior equilíbrio nos percentuais. Em Goiás, por exemplo, são 51,5% professores efetivos e 47,6% temporários; na Paraíba 53,3% efetivos e 45,4% temporários.

Já na Paraíba, 53,3% do quadro de docentes é composto por profissionais eletivos, enquanto outros 45,4% são temporários. Em Alagoas, são 61,8% efetivos 37,8% temporários. Em Roraima, são 64,9% efetivos e 34,9% temporários. Em Sergipe, são 68,8% docentes concursados contra 30,2% temporários. No Amapá são 68,9% efetivos e 30,2% temporários. Rondônia finaliza a lista, com 67,8% professores efetivos e 29% temporários.

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