Mudança climática provocada pelo homem intensificou chuvas em 15% no RS, aponta estudo
Interferência no meio ambiente foi o principal agente causador da crise no estado gaúcho, segundo relatório da ClimaMeter
As chuvas que causaram a maior tragédia ambiental da história do Rio Grande do Sul foram intensificadas em 15% por mudanças climáticas provocadas pelo homem.
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Essa é a conclusão de um relatório, divulgado nesta sexta-feira (10), da ClimaMeter, um grupo composto por cientistas de diferentes países que analisa ocorrências climáticas logo após o seu evento.
A partir de registros por meio de satélites, profissionais da ClimaMeter estudaram casos climáticos que aconteceram no estado gaúcho nos últimos 45 anos. Eles separaram os eventos, entre 1979 a 2001 e de 2002 a 2023, visando identificar as mudanças climatológicas ao longo do tempo.
O grupo apontou que os acidentes do passado semelhantes como o que atinge o estado, neste momento, ocorreram aproximadamente no mesmo período que o do presente. No entanto, não houve uma mudança significativa na velocidade dos ventos ou em alterações na temperatura.
Mudanças nas áreas urbanas revelam que Porto Alegre, Caxias do Sul e São Leopoldo estão até 6 milímetros mais úmidos por dia.
Embora o fenômeno do El Niño possa ter favorecido a ocorrência dos últimos temporais, ele não seria suficiente para causar o estrago ocorrido, sendo a interferência do homem ao meio ambiente o principal agente causador da crise, segundo a ClimaMeter.
Crise no RS
Subiu para 116 o número de mortos após as fortes chuvas que atingiram 437 municípios do Rio Grande do Sul e deixaram mais de 408 mil pessoas fora de suas casas, segundo boletim divulgado pela Defesa Civil estadual às 12h desta sexta-feira (10). 756 pessoas foram resgatadas feridas.