Morre José Botafogo, diplomata e ex-ministro da Indústria, aos 89 anos
Ele foi embaixador do Brasil em Buenos Aires de 2002 a 2004; o Itamaraty e o Centro Brasileiro de Relações Internacionais lamentaram a morte
Morreu na sexta-feira (8) aos 89 anos, no Rio de Janeiro, o diplomata e ex-ministro da Indústria, Comércio e Turismo José Botafogo Gonçalves. A informação foi confirmada pelo Itamaraty neste sábado (9). A causa da morte não foi divulgada.
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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e a secretária-geral das Relações Exteriores, Maria Laura da Rocha, expressaram à família e aos amigos de Botafogo "as mais sentidas condolências". O Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), do qual ele foi presidente e era vice-presidente emérito, também lamentou a morte e expressou condolências aos familiares, amigos e colegas.
José Botafogo Gonçalves nasceu em Belo Horizonte, em 11 de janeiro de 1935. Graduou-se em ciências jurídicas e sociais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e, em 1960, ingressou na carreira diplomática.
Como diplomata, foi chefe da Divisão de Política Financeira (1970) do Itamaraty e chefe da Divisão de Política Comercial (1977). Ocupou cargos como membro da delegação encarregada de renegociar a dívida externa brasileira (1983). Além disso, foi vice-presidente de Relações Externas do Banco Mundial em Washington (1985-1987) e subsecretário-geral de Assuntos de Integração Econômicos e de Comércio Exterior (1995-1998) do Itamaraty.
Atuou como ministro da Indústria, Comércio e Turismo do Brasil de 1998 a 1999, no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Também em sua trajetória, serviu nas Embaixadas do Brasil em Moscou (1962-1964), Roma (1964-1967), Santiago (1967-1969), Paris (1973-1975) e Bonn (1976-1977). Foi cônsul-geral em Milão (1991-1995), embaixador do Brasil em Buenos Aires (2002-2004), e embaixador especial para Assuntos do Mercosul. Era vice-presidente emérito do Cebri.
Segundo o Itamaraty, Botafogo deixa a mulher, Susana, os filhos Frederico, Rodrigo e Luciana, e sete netos, "além do respeito e da admiração de todos os que tiveram o privilégio de trabalhar com ele".