Publicidade
Brasil

Ministério Público do Rio solicita condenação dos oito réus por incêndio no Ninho do Urubu

Após seis anos da tragédia, nenhum dos envolvidos foi condenado; dez adolescentes morreram e outros três ficaram feridos durante incêndio

Imagem da noticia Ministério Público do Rio solicita condenação dos oito réus por incêndio no Ninho do Urubu
Publicidade

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) solicitou neste domingo (11) a condenação de todos os réus envolvidos no incêndio que matou dez adolescentes e deixou outros três feridos no Centro de Treinamento George Helal, conhecido como Ninho do Urubu, do Clube de Regatas do Flamengo. O pedido foi feito por meio da Promotoria de Justiça vinculada à 36ª Vara Criminal do Rio de Janeiro.

Entre os acusados estão Antonio Marcio Mongelli Garotti e Marcelo Maia de Sá, que ocupavam cargos de gestão no centro de treinamento; Claudia Pereira Rodrigues, Danilo da Silva Duarte, Fabio Hilario da Silva e Weslley Gimenes, responsáveis pelos contêineres utilizados como alojamentos; e Edson Colman da Silva, contratado para manutenção dos aparelhos de ar-condicionado, apontados como possível origem do incêndio.

O processo inicial incluía 11 pessoas. Quatro já foram excluídas do polo passivo. Dois tiveram as acusações rejeitadas por não estarem mais vinculados ao local no momento do incêndio, um foi absolvido e o último teve o processo arquivado por prescrição, após atingir a idade limite prevista no Código Penal.

Nos memoriais apresentados, o MPRJ reforçou que a tragédia foi resultado de uma sequência de falhas e negligências, e não de um acidente inevitável. O centro funcionava sem alvará, mesmo após interdições e autuações do Corpo de Bombeiros. Os contêineres apresentavam diversas irregularidades, como janelas gradeadas, portas emperradas e ausência de sistema de combate a incêndio — fatores que dificultaram a fuga dos jovens.

“O Centro de Treinamento se encontrava em atividade mesmo sem possuir alvará de funcionamento, em razão da ausência do certificado de aprovação emitido pelo Corpo de Bombeiros, já tendo sido interditado e autuado diversas vezes diante da clandestinidade em que operava”, afirmou o MP.

O órgão destacou ainda a falta de manutenção adequada nos aparelhos de ar-condicionado. Segundo a investigação, o incêndio teria começado após uma falha em um dos equipamentos.

Publicidade

Assuntos relacionados

Incêndio
Flamengo
Morte
Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade