Menina de 12 anos é apreendida em SC após alerta da inteligência dos EUA
Adolescente ameaçava matar o irmão e tinha planos de atacar escola; polícia local já investigava apologia ao nazismo e maltrato a animal
Uma adolescente de 12 anos, monitorada por veiculação de conteúdo nazista, foi apreendida nesta sexta-feira (23), em Bombinhas, no Litoral Norte, pela Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) pela prática de atos infracionais nos últimos meses.
A apreensão da jovem ocorreu após ela voltar a ameaçar promover ataques no colégio onde estuda e matar animais, além de falar sobre assassinar o próprio irmão.
Conforme a polícia, o comportamento da jovem nas redes sociais chegou a chamar atenção de autoridades dos Estados Unidos, que reportou o caso para as autoridades brasileiras.
Ao ser informada, a Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Santa Catarina informou a delegacia de Bombinhas. Em menos de 24h, a polícia voltou a representar, defendendo a internação provisória da adolescente.
De acordo com a polícia, desde o primeiro pedido, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) havia se posicionado pelo deferimento da solicitação. O mandado de busca e apreensão foi atendido pelo Poder Judiciário.
Na manhã desta sexta, uma equipe de policiais se deslocou até o colégio onde a adolescente estuda e efetuou sua apreensão.
A adolescente chegou à delegacia na companhia de um responsável legal e foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) e depois ao centro de internação feminino de Florianópolis, onde ficará à disposição da Justiça.
Adolescente já foi investigada por maltratar animal
Conforme a investigação da Polícia Civil, a adolescente vinha sendo monitorada desde dezembro de 2023, quando foi cumprido um mandado de busca e apreensão na casa da família. A investigação aponta, que na época, a adolescente tinha feito uma transmissão ao vivo pela internet em um aplicativo, praticando maus-tratos contra o gato da família.
Segundo a polícia, a adolescente chegou a arremessar o animal da sacada do prédio onde mora. Por sorte, o felino sobreviveu. De acordo com a investigação, ela mantinha diálogos em aplicativos que indicavam a prática de diversos atos infracionais graves.
O animal foi retirado do convívio familiar e encaminhado para o centro de vigilância animal da cidade. Segundo a polícia, foram apreendidos com ela diversos telefones celulares.
A adolescente promovia a divulgação de ideais do nazismo e da cruz suástica, expunha seu irmão mais novo a situações vexatórios e tinhas ideias de ataques em escolas, chegando inclusive a levar um facão ao colégio onde estudava, aponta a investigação. Na época, a adolescente não foi apreendida, apesar da representação do delegado responsável pelo caso.
Segundo a polícia, a adolescente continuou, nos meses seguintes, a praticar atos semelhantes nas redes sociais.