Mãe salva filha de 6 anos com manobra de Heimlich após engasgo durante jantar
Número de casos assim preocupa no DF; só em 2025, bombeiros registraram 447 ocorrências de obstrução de vias aéreas por corpo estranho
Isabela Guimarães
Marcos Santos
Sara Pereira
"Foram cinco minutos de desespero", lembra Helen Avelino, mãe da pequena Helena, de apenas 6 anos. A menina se engasgou com um pedaço de carne durante o jantar, na última terça-feira (15), dentro de casa, no Guará, região administrativa do Distrito Federal.
Imagens da câmera de segurança da residência registraram o momento de pânico: Helen pega a filha no colo, tenta virá-la de um lado para o outro e bate nas costas da criança, que começa a ficar roxa.
Ela estava sozinha em casa. Mesmo sem nunca ter feito a técnica antes, conseguiu aplicar a manobra de Heimlich e salvou a filha.
"Eu pensei em correr pro quartel dos bombeiros, mas ela já tava roxa. Então eu tentei. Não sabia exatamente como era, só lembrava de uns vídeos, e fui fazendo como pude. Foi Deus", relata a mãe.
A menina Helena se recuperou bem e não precisou de atendimento hospitalar.
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Número de casos de engasgo preocupa no DF
Segundo o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF), foram registradas 447 ocorrências de obstrução de vias aéreas por corpo estranho (engasgo) apenas em 2025.
Junho foi o mês com mais chamados: 85 casos. Em seguida vêm março (77), maio (74), fevereiro (73), abril (69), janeiro (41) e julho, com 28 registros até o momento.
Bombeiros orientam o que fazer em caso de engasgo
Durante um episódio de engasgo, a recomendação é não colocar o dedo na boca da criança se o objeto não estiver visível. Isso pode empurrar ainda mais o item para dentro das vias aéreas.
Mesmo após a criança expelir o objeto, o indicado é procurar atendimento médico. Engasgos podem causar lesões internas ou aspiração de fragmentos.
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Pediatra ensina como agir
O pediatra Thallys Ramalho reforça que conhecer a técnica da manobra de Heimlich pode ser decisivo. Segundo ele, a manobra consiste em fazer compressões firmes no abdômen, na altura da boca do estômago, para expulsar o objeto que está impedindo a respiração.
"No caso de crianças menores de um ano, a técnica é diferente. O ideal é posicionar o bebê de bruços sobre o antebraço e dar tapas firmes nas costas, entre as escápulas. Em seguida, se não funcionar, vira-se o bebê e faz compressões no peito", orienta.