Prefeito de Palmas reassume cargo após determinação do STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a soltura do prefeito afastado de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), e a volta ao cargo. Na decisão, emitida na quinta-feira (17), a Corte acatou o argumento da defesa de que as acusações contra o político não têm relação com o exercício de sua função.

Campos foi preso no fim de junho por suspeito de atuar em uma organização criminosa voltada ao vazamento de informações sigilosas e ao favorecimento de partes em processos em andamento no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O advogado Antônio Ianowich Filho e o policial civil Marco Augusto Albernaz também foram detidos.

Ao ser afastado do cargo público, Campos foi encaminhado ao Quartel do Comando Geral da Polícia Militar. Cerca de uma semana após a prisão, o político sofreu um infarto agudo e precisou ser levado às pressas ao Hospital Geral de Palmas, onde ficou em observação por 48 horas antes de ser liberado.

Em meio ao quadro de saúde, o ministro Cristiano Zanin havia concedido prisão domiciliar a Campos. Agora, o magistrado autorizou a soltura, dizendo que a medida era necessária para viabilizar os deslocamentos exigidos pelo exercício da função pública do político. Ele, no entanto, manteve as medidas cautelares, proibindo Campos de deixar o Brasil e de entrar em contato com os demais investigados.

+ Prefeito acusado de matar PM se entrega à polícia no Maranhão

Pelas redes sociais, o prefeito comemorou a decisão de Zanin. “Querido povo de Palmas, eu estou sentado, novamente, na cadeira que Deus e vocês me colocaram. Deus permitiu que esse coração renovado física e espiritualmente volte a essa cadeira com muito mais determinação. O mais alto escalão do Judiciário brasileiro se juntou à prefeitura de Palmas para fazer o melhor ao Estado”, disse.