Laudo preliminar confirma que advogado Luiz Fernando Pacheco morreu por traumatismo craniano
Criminalista de 51 anos foi vítima de latrocínio em Higienópolis; três suspeitos foram presos pelo crime

Agência SBT
SBT News
O laudo preliminar, confirmado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) nesta quinta-feira (9), apontou que a causa da morte do advogado Luiz Fernando Pacheco, de 51 anos, foi traumatismo craniano.
O advogado foi vítima de latrocínio no bairro de Higienópolis, região central de São Paulo. Ele foi abordado por um casal após sair de um bar. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que Pacheco é agredido violentamente e tem seus pertences roubados. Dois homens e uma mulher foram presos pelo crime.
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O laudo também descartou a presença de metanol no organismo da vítima, hipótese levantada inicialmente pela família, antes da confirmação de que o advogado havia sido assassinado.
Após as agressões, Pacheco foi levado a um hospital, mas estava sem documentos, o que dificultou identificação e atrasou a comunicação à família, que chegou a registrar seu desaparecimento.
As imagens analisadas pela Polícia Civil registraram toda a ação dos suspeitos Lucas Brás dos Santos, de 27 anos, e Ana Paula Teixeira Pinto de Jesus, 45, namorada dele.
No vídeo, Lucas aparece desferindo um soco no rosto do advogado, que cai desacordado na calçada. Em seguida, o criminoso rouba os pertences da vítima e foge.
Quem foi Luiz Fernando Pacheco
Luiz Fernando Pacheco era advogado criminalista, formado em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em 1996. Iniciou a carreira no escritório de Márcio Thomaz Bastos, onde se tornou sócio em 2000 e atuou em casos de grande repercussão, como a defesa de José Genoino (PT) no processo do mensalão.
Em 2013, fundou seu próprio escritório, especializado em Direito Penal Econômico, e se especializou em Direito Penal Europeu pelo IBCCRIM e pela Universidade de Coimbra.
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Pacheco também exerceu cargos institucionais importantes, como conselheiro da OAB-SP, coordenador da Comissão de Prerrogativas da seccional paulista, conselheiro do IDDD e membro do Conselho Nacional Antidrogas da Presidência da República.
Em 2024, deixou a presidência da Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB-SP, permanecendo como conselheiro de prerrogativas do CFOAB.
Em nota, a OAB-SP lamentou a morte do advogado, decretou luto oficial de três dias e destacou sua trajetória:
"Ao longo de mais de 30 anos de carreira, o criminalista Luiz Fernando Pacheco marcou a advocacia por sua atuação sempre muito firme na defesa dos direitos da advocacia e de toda a sociedade, sem se intimidar com medidas ou decisões monocráticas dos tribunais superiores."