Tragédia no Ninho do Urubu completa seis anos e vítimas são homenageadas
Dez jovens da base do Flamengo morreram durante incêndio que atingiu Centro de Treinamentos do time
Aucilene Brito
Os jogadores do Flamengo prestaram uma homenagem, em campo, aos adolescentes mortos no incêndio no Ninho do Urubu — que completou seis anos neste sábado (8). Dez jovens da base rubro-negra morreram.
Na partida entre Flamengo e Fluminense deste sábado, os jogadores entraram em campo com um símbolo especial na camisa. Nela, estava exibida a mensagem "nossos 10!".
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Durante o incêndio, os jogadores dormiam. A suspeita é de que o fogo tenha começado após um curto-circuito em um ar-condicionado, se alastrando rapidamente por conta da estrutura do alojamento. Os adolescentes tinham entre 14 e 16 anos.
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Outros 16 jovens conseguiram escapar. Apesar do trauma, eles tentaram seguir carreira no futebol. No entanto, poucos ficaram no Flamengo. Um deles é o goleiro Dyogo Alves, que atualmente está com 21 anos. Ele é o terceiro goleiro do time profissional, atuando no campeonato carioca deste ano.
Nesta semana, o flamengo fechou acordo com os parentes do goleiro Christian Esmério, a única família que ainda não havia sido indenizada. O valor não foi divulgado devido a uma cláusula de confidencialidade. Em nota, a família do jovem disse que "o Clube de Regatas do Flamengo adotou uma postura mais empática e honrou a memória do jovem atleta".
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Até hoje, ninguém foi punido criminalmente. O processo que tem como objetivo apontar os culpados pelo incêndio está em andamento no Tribunal de Justiça do Rio. Testemunhas e profissionais que atuaram nas investigações já foram ouvidos, mas ainda não há previsão de uma data para a sentença.
"Nenhum dinheiro e acordo vai fazer a dor dos pais passar, mas o que podemos fazer é dar carinho e suporte e dizer que também sentimos essa dor. Tenho filhos, sei da dificuldade que pode ser isso. Espero que possam ter os corações confortados", afirmou o técnico do Flamengo Filipe Luís.
