Itamaraty condena ataque a Gaza com mais de 90 mortos e quase 300 feridos
Em nota, a pasta declarou que “o governo de Israel segue sabotando o processo de paz e o cessar-fogo no Oriente Médio”
O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) condenou, neste domingo (14), o mais recente bombardeio na Faixa de Gaza, que - segundo autoridades locais - provocou mais de 90 mortes e deixou quase 300 feridos. Em nota, a pasta declarou que “o governo de Israel segue sabotando o processo de paz e o cessar-fogo no Oriente Médio”.
“O mais recente bombardeio promovido na Faixa de Gaza vitimando centenas de inocentes é inadmissível. Agora com mais de 90 vítimas fatais e quase 300 feridos em tendas que abrigavam crianças, idosos, mulheres. É estarrecedor que continuem punindo coletivamente o povo palestino. Já são dezenas de milhares de mortos em seguidos ataques desde o ano passado, muitos deles em zonas humanitárias delimitadas que deveriam ser protegidas”, afirmou o Itamaraty.
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“Nós, líderes políticos do mundo democrático, não podemos nos calar diante desse massacre interminável. O cessar-fogo e a paz na região precisam ser prioridades na agenda internacional. Todos os nossos esforços devem estar centrados na garantia da libertação dos reféns israelenses e no fim dos ataques à Faixa de Gaza”, concluiu o Ministério das Relações Exteriores.
Bombardeio
De acordo com Israel, o bombardeio ocorrido em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, tinha como alvos comandantes do grupo terrorista Hamas. Um deles era Mohammed Deif, de 48 anos, supostamente envolvido no planejamento da invasão do Hamas a Israel, em 7 de outubro de 2023. Nesse ataque, 1.400 pessoas morreram, desencadeando a guerra em Gaza.
Israel declarou que Deif e outro comandante local do Hamas estariam escondidos na área do ataque, uma zona humanitária delimitada pelo Exército israelense. Até o momento, as mortes deles não foram confirmadas.