Internações por doenças respiratórias aumentam quase 28%
Especialista em gestão hospitalar ressalta que elas podem ser agravadas por condições climáticas adversas; veja como se cuidar
Um levantamento realizado em 27 hospitais públicos e filantrópicos brasileiros revela um aumento de 27,6% nas internações por doenças respiratórias entre janeiro e agosto de 2024, na comparação com o mesmo período do ano passado.
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O especialista em gestão de custos hospitalares e diretor de Serviços da empresa de gestão hospitalar Planisa, Marcelo Carnielo, disse à Agência Brasil que esse aumento gera um impacto econômico significativo nas unidades de saúde.
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"O aumento nos custos hospitalares é expressivo, refletindo a pressão financeira que os hospitais enfrentam devido ao crescimento das internações e aos custos diários de tratamento", afirmou.
O custo adicional dessas hospitalizações chegou a R$ 11 milhões, segundo dados da Planisa.
Para enfrentar a demanda crescente e os altos custos operacionais, Carnielo aponta a necessidade de investir em estratégias de prevenção, como campanhas de vacinação contra doenças respiratórias e sazonais, cuja incidência pode ser agravada por condições climáticas adversas.
Além disso, ele defende a adaptação do planejamento hospitalar para lidar com picos sazonais e eventos climáticos extremos, com a otimização da alocação de leitos, pessoal e outros recursos, além da revisão contínua dos protocolos hospitalares.
Como se cuidar?
O pneumologista Eduardo Garcia explica que é importante ficar atento aos sintomas respiratórios e elenca o que pode acontecer com o corpo devido ao tempo seco:
- Mucosa dos lábios seca;
- Conjuntivite ou irritação dos olhos;
- Desidratação sistêmica, quando falta líquido no corpo.
A recomendação do especialista é:
"Tomar bastante água, mais do que a sede. Às vezes, a nossa percepção não está tão acurada, mas o nosso corpo precisa do líquido. Então não se pode esquecer de se hidratar", ressalta.
A quantidade ideal para o consumo diário de água, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), varia de acordo com o peso de cada um.
Por exemplo, 2,5 litros para um homem de 70 kg e 2,2 litros para uma mulher de 58 kg.
O que mais é possível fazer?
A transmissão e proliferação de doenças bacterianas e virais são mais comuns durante períodos com baixa umidade. Veja as orientações para prevenir:
- Lavar as mãos;
- Evitar tossir em público e sempre proteger a boca ao tossir;
- Boa alimentação;
- Lavagem nasal.
“O ar seco diminui a produção do muco nasal. Com a lavagem, removemos secreção, melhoramos o ressecamento, sem deixar a mucosa despreparada e desprotegida para a entrada do vírus invasor", explica a otorrinolaringologista Juliana Cola Carvalho.