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Brasil

Indústria vê com preocupação escalada do dólar e alta nos juros, alerta CNI

Segundo instituição, cenário financeiro atual pode colocar em risco o desenvolvimento econômico do país

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Foto: Miguel Ângelo/CNI
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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) expressa preocupação com as sucessivas altas do dólar, que chegou a bater R$ 6,30 nesta quinta-feira (19), mas fechou em queda de R$ 6, 12 após leilões do Banco Central (BC), somadas ao ciclo de alta dos juros, com a Selic em 12,25%.

De acordo com a instituição, o cenário pode colocar em risco o desenvolvimento econômico do país, mesmo com perspectivas positivas geradas pela aprovação da reforma tributária, o avanço do acordo Mercosul-União Europeia e investimentos do programa Nova Indústria Brasil (NIB).

A CNI cita um dos efeitos negativos para a indústria de transformação, por exemplo, que importa 23,7% dos insumos usados no processo de produção e os preços das commodities. Segundo a instituição, o dólar mais alto aumenta também os custos para essas empresas, o que consequentemente pode encarecer os produtos aos consumidores finais.

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“A nossa moeda perde valor em compasso com a piora das expectativas do mercado financeiro, que contrariam dados reais da performance da economia e do controle da dívida pública. É momento de buscar maior convergência e coordenação entre os atores para enfrentar esse cenário de instabilidade, que beneficia a poucos enquanto prejudica o setor produtivo e o desenvolvimento da nossa sociedade, principalmente com a real perda de poder aquisitivo”, diz o presidente da CNI, Ricardo Alban.

O crescimento da safra, os preços de petróleo e o crescimento da massa salarial são apontados como elementos importantes a considerar para as expectativas futuras, de acordo com o setor industrial.

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Crescimento do país

O déficit de 2024, estimado atualmente em 0,18% do Produto Interno Bruto (PIB), para fins de avaliação da meta fiscal, não é motivo para alarde, segundo a CNI, já que deve ficar dentro da banda inferior de tolerância para o resultado primário.

No próximo ano, as contas públicas devem registrar prejuízo de R$ 42 bilhões, o equivalente a 0,4% do PIB. "Ainda que a projeção aponte para um déficit fora da banda de tolerância de 0,25% do PIB, a CNI entende que o cumprimento da meta é exequível, dependendo de um contingenciamento totalmente viável do orçamento", completa.

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