Gripe aviária: Brasil retomará exportações se atingir 28 dias sem casos
País entra no chamado "vazio sanitário" e após período sem novos casos, poderá retomar negociações e recuperar o status de zona livre da doença
SBT Brasil
Começou nesta quinta-feira (22) o período de vinte e oito dias do chamado "vazio sanitário" na granja de Montenegro, no Rio Grande do Sul, onde foi registrado o primeiro caso de gripe aviária em granja comercial do Brasil. Se no fim desse prazo não houver novos registros da doença, o Brasil poderá retomar as exportações de aves.
O processo de desinfecção de máquinas e galpões de Montenegro já foi finalizado. A ação começou no último domingo (19), logo após o sacrifício das aves como medida de contenção da gripe aviária.
"Temos depois o protocolo, desde que seja feita a limpeza na área que foi afetada, de 28 dias para acompanhamento, se não houver surgimento de novos focos na expectativa de que não haja para que a gente possa evoluir na retomada das atividades comerciais", explicou o governador Eduardo Leite.
A partir desta sexta-feira (23), o número de barreiras sanitárias na região começa a ser reduzido. Das sete existentes, apenas quatro seguirão ativas, todas dentro de um raio de três quilômetros da propriedade afetada. Caso não haja novos registros após o chamado "vazio sanitário", o Brasil poderá solicitar novamente o status de zona livre da gripe aviária.
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Enquanto isso, o governo da Coreia do Sul decidiu realizar uma inspeção presencial em frigoríficos brasileiros que trabalham com carne de frango. A visita é uma exigência para a retomada das negociações com os exportadores do país.
Rússia, Bielorrússia, Armênia e Quirguistão retiraram a suspensão total da compra de aves brasileiras, restringindo a proibição apenas ao estado do Rio Grande do Sul. Outros dezenove países ou blocos seguem com a suspensão em todo o território nacional. Japão e Emirados Árabes Unidos – este último o segundo maior importador da carne de frango brasileira – suspenderam as compras apenas do município de Montenegro.
Atualmente, nove casos suspeitos da doença seguem sob investigação pelo Ministério da Agricultura.