Publicidade
Brasil

Funcionário de clínica para pessoas com TEA é acusado de agredir paciente

Ministério Público denunciou cuidador por agressões a jovem de 29 anos no espectro autista; clínica em Atibaia, no interior de SP é investigada

,
• Atualizado em
Publicidade

Um funcionário de uma clínica para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), localizada em Atibaia, no interior de São Paulo, é acusado de agredir um paciente.

+ Governo lança campanha nas redes após investigação dos EUA: "O Pix é nosso, my friend"

Francisco Barbosa Neto era cuidador na unidade e foi apontado pela vítima como o autor das agressões. A clínica nega as agressões.

A vítima, identificada como Diego, ficou internada na clínica entre setembro de 2022 e junho de 2023. Segundo a mãe do jovem, Lucilene Alves, ele retornava para casa nos fins de semana com hematomas, fraturas e marcas de violência.

Em depoimentos, o paciente relatou que apanhava com socos e até com um cabo de vassoura, sempre mencionando o nome do cuidador.

A Polícia Civil solicitou exames médicos que confirmaram agressões frequentes e graves. Com base no laudo, o Ministério Público denunciou Francisco, que foi condenado em regime aberto.

Ele também responde a processo por danos morais. A Justiça determinou que a clínica pague R$ 30 mil à família da vítima, mas a instituição recorreu da decisão.

+ Polícia prende padrasto suspeito de envenenar jovem com bolinho de mandioca no ABC Paulista

A defesa do cuidador e da clínica afirma que as lesões foram causadas por quedas acidentais.

A Clínica Primavera atende pacientes com autismo por meio de convênios com o governo de São Paulo e também oferece pacotes particulares a partir de R$ 15 mil por mês.

De acordo com apuração do SBT, a clínica recebeu R$ 925 mil em repasses do governo estadual entre 2024 e junho de 2025.

Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos apontam que as agressões contra pessoas com deficiência em clínicas e unidades de tratamento cresceram quase 50% no primeiro semestre deste ano. Foram registrados mais de 1.300 casos — o maior número já contabilizado no país.

+ Projeto que isenta IR para quem recebe até R$ 5 mil é aprovado por Comissão Especial

Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo informou que repudia qualquer ato de violência e que vai apurar o caso citado pela reportagem. Afirmou ainda que todo atendimento prestado em unidades conveniadas com o estado deve seguir critérios rigorosos de qualidade, segurança e respeito aos direitos dos pacientes.

Publicidade

Assuntos relacionados

Autismo
doença
Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade