Força-tarefa investiga ação criminosa em incêndio no Parque Nacional de Brasília
Fogo consumiu área total de 700 hectares até o momento; Parque Nacional fica a cerca de 15 km da Praça dos Três Poderes e a cerca de 10 km do Palácio do Buriti
O governo do Distrito Federal anunciou, nesta segunda-feira (16), que uma força-tarefa liderada pela Secretaria de Segurança Pública vai apurar ações criminosas no incêndio que atinge o Parque Nacional de Brasília desde domingo (15). Segundo o Executivo, investigações que já estão em andamento apontam para a ocorrência de atos criminosos no episódio e suspeitos de envolvimento neles.
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O DF amanheceu encoberto por fumaça nesta segunda por causa do incêndio no Parque Nacional, que fica a cerca de 15 quilômetros da Praça dos Três Poderes e a cerca de dez quilômetros do Palácio do Buriti, sede do governo distrital.
O incêndio florestal teve início por volta das 11h30 no domingo, próximo à região do Córrego do Bananal e da unidade de captação de água da Companhia Ambiental de Saneamento do DF (Caesb).
O Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF), o Instituto Brasília Ambiental, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Prevfogo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) fazem uma operação conjunta contra a queimada; são 93 combatentes atuando diretamente no enfrentamento ao fogo, que consumiu uma área total 700 hectares até o momento.
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As equipes estão atuando de forma terrestre e aérea para impedir que o incêndio se alastre. Elas estão divididas em três pontos com focos de incêndio.
"As queimadas estão sendo feitas pela ação humana. Somos vítimas de pessoas que vão nesses locais e colocam fogo. Por determinação do nosso governador Ibaneis Rocha, quem estiver envolvido irá responder pelo crime ambiental", afirmou a vice-governadora do DF, Celina Leão (PP).
De acordo com o governo, os bombeiros do DF que se encontram deslocados para outros estados vão retornar imediatamente para reforçar o combate aos incêndios florestais. No total, o Executivo colocará 1,5 mil pessoas para enfrentarem o fogo no Distrito Federal, considerando diferentes pastas. A Polícia Federal também também está investigando o incêndio no Parque Nacional.
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"O nosso objetivo é intensificar o combate para não deixar o incêndio prosperar. O secretário de Segurança Pública vai fazer o contato com a Polícia Federal para identificarmos as pessoas que estão colocando fogo nas nossas unidades de conservação", disse o presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer.
Por causa da fumaça causada pela queimada no Parque Nacional, a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri) liberou os servidores para trabalharem de forma remota nesta segunda. A pasta fica na Asa Norte, que, segundo o governo do DF, é um dos locais mais afetados pela fumaça.